Amílcar Dória Matos (PE) |
PUNHAL NAS SOMBRAS – Sonhou que o apunhalavam pelas costas. A lâmina penetrando-lhe a carne fez com que arrancasse um grito horroroso dentro da noite…  |
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Cláudio Aguiar (CE) |
O ÚLTIMO COMBATE – Era inacreditável, mas o meu amigo tenente Ribeiro estava morto sobre um banco da praça. Como poderia um ex-combatente, detentor de medalhas de bravura nos campos de batalha de Itália, terminar assim?  |
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Don Antonio (PE) |
O MOTIVO – Para aliviar o mau humor dela, ele pensava como conseguiria comprar um presente, qualquer presente, com os minguados trocados do biscate que acabara de fazer.  |
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Everardo Norões (CE) |
AS DAMAS – Com que pode ocupar-se um menino confinado num quarto dehospital, soçobrando entre cheiros de éter e clorofórmio,a não ser aguçando os sentidos para descobrir nos pequenos acontecimentos em torno algum sentido mágico…  |
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José Almino (PE) |
UM CORAÇÃO SIMPLES – Havia um caboclo na minha terra que dizia: ” – Doutor, tem dois tipos de serviço que
eu não faço: é subir em coqueiro e descer em cacimba”. No que me cabe, cada dia, eu subo um coqueiro e desço uma cacimba…  |
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Leonardo Almeida Filho (PB) |
O VISITANTE ILUMINISTA – Os homens de preto chegaram na madrugada. Arrombaram a porta com estardalhaço,entraram derrubando móveis, chutando cadeiras, quebrando quadros e vasos, sem demonstrar nenhuma preocupação, decididos…  |
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Leusa Santos (PE) |
O PLANO – Sabe como é, vida de comerciante é fogo! Nunca tem sossego. É como diz aquele ditado: “Quando o dono dos bois não está por perto, o gado não engorda”. Assim mesmo é a vida de Aristides…  |
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Luis Arraes (PE) |
O SILENCIO DO INOCENTE – Foi um enterro simples. Ali estavam seus amigos. Não tinha família, nunca teve. Teve sempre, sim, amigos. A sua volta, na sua despedida, abraçavam-se, choravam. Não falavam entre si. Só gestos e o silêncio do fim da tarde, no cemitério.  |
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Malva Barros Oliveira (SP) |
BILIU – Na Fazenda Moita Bonita tudo era realmente muito estranho. A começar pelo nome, pois aquele pedaço de chão ressecado quase desertificado, tinha apenas uns minguados alqueires e nunca seriam o suficiente para serem enquadrados como fazenda.  |
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Maximiano Campos (PE) |
AS FERAS MORTAS – Você pode dizer que é mentira minha. Quem sabe? A verdade é que estou sendo perseguindo. As notícias dos jornais falam de misérias. Alguns amigos se afastaram, arrebentaram-se algumas esperanças…  |
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Quica (PB) |
A FORMIGUINHA AVENTUREIRA – Era uma vez uma formiguinha muito curiosa,muito espertinha, muito corajosa e também muito vaidosa. Sempre procurava estar arrumada, sempre se vestia diferente das outras formigas,era a mais bonita.  |
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Ronaldo Correia de Brito (CE) |
DEUS AGIOTA – A chama oscilante da lamparina a querosene, ora clareando ora escurecendo o rosto suado de febre de Maria Madalena, trouxe à lembrança de João Emiliano o dia em que a viu pela primeira vez.  |
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e-mail: contato@memorialpernambuco.com.br
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