Folk-lore Pernambucano – Memorial Pernambuco

Ciclo Carnavalesco: é a principal festa popular, manifestando-se em praticamente todo Estado. Destaque para Olinda e Recife ( Boa Viagem e Centro ). Blocos, troças, clubes, maracatus ( rural e de baque virado ), caboclinhos, ursos, blocos anárquicos, escolas de samba, afoxés, mascarados, bonecos gigantes, bois de carnaval.
Blocos:
São agremiações carnavalescas, formadas por rapazes e moças de determinado bairro, que desfilam à noite, dançando e cantando suas músicas ( frevo – canção e marcha de bloco ) ao som de uma orquestra de “pau e corda”, com fantasias luxuosas. Quase sempre há um enredo que lembra certo episódio histórico.
Boi de Carnaval:
Conjunto de “bichos” do bumba-meu-boi ou dos entremeios do reisado que se desligam do auto do boi, durante o Carnaval para brincar na rua. Geralmente saem “Boi”, “Burra”, “Babau”, “Ema”, “Mateus” e outros palhaços com porta estandartes, cordão feminino e orquestra de gonguê, bombo, surdo, etc.
Caboclinhos:
É um dos mais antigos bailados populares do Brasil. Nele está bastante evidente a origem de influência indígena. A indumentária consiste em tanga e cocar de penas de aves. Os componentes carregam arco e flecha, que servem não apenas como elementos de caracterização do índio, mas também para marcar o ritmo da música tirada por um terno: pífanos, ganzá e caixa-surdo.
Clubes de Rua:
O clube de rua é a mais representativa agremiação carnavalesca. Dele fazem parte o baliza, ou mestre de cerimônia; o estandarte, tão sagrado na vida de um clube quanto a bandeira de um regimento; em seguida, a “onda”, grande corrente humana que retrata o prestígio de determinado clube; a fanfarra conjunto musical de metais e clarins; e, fechando o cortejo, o “cordão”, grupo de sócios do clube, realizando manobras pitorescamente vestidos.
Frevo:
“Pernambuco possui uma música e uma dança carnavalescas que são coisa sua, original, que se criou no meio do povo, quase espontaneamente, e se cristalizou depois, como traço marcante de sua fisionomia urbana. Urbana, sim. Até seria mais justo dizer no Recife, que isto tudo aconteceu, no Recife dos fins do século XIX, começo deste, que a música foi aparecendo, conduzindo a dança, ou a dança foi tomando corpo, sugerindo a música. 

É impossível distinguir bem: se o frevo, que é a música, trouxe o passo ou se o passo, que é a dança, trouxe o frevo. As duas coisas se foram inspirando uma na outra – e completaram-se. É possível, porém, afirmar que o frevo foi invenção dos compositores de música ligeira, feita para o carnaval, enquanto o passo brotou mesmo do povo, sem regra nem mestre, como por geração espontânea. 

A palavra vem de ferver. Por corruptela, frever, dando, naturalmente, frevo. Nada era, e é, mais comum numa terra canavieira, do que a frevura – fervura dos tachos de mel, nos engenhos de açúcar, que jamais poderia escapar aos olhos do popular pernambucano. Osvaldo de Almeida, escritor sempre escondido em pseudônimos: Paula Judeu, das revistas teatrais; Pierrot, das crônicas carnavalescas, foi quem teria lançado o vocábulo que pegou, ou divulgado o que a boca anônima do povo já espalhava. A primeira referência da palavra frevo, é do dia 09 de fevereiro de 1908, no Jornal Pequeno. Designa, ao mesmo tempo, a música típica do carnaval recifense e o esfregado da massa em euforia carnavalesca.” 

Maracatu:
O maracatu cujo o desfile evoca os cortejos dos soberanos negros é chamado de “nação africana”, urbano ou de “baque virado” e é uma exclusividade do carnaval pernambucano. A dança evoca o banzo africano em terras estranhas; é bamboleante, imitando o movimento do mar. A orquestra que acompanha o cortejo é formada por taróis, bombos, zabumba, ganguês e ganzás. Existem, ainda, os chamados maracatus rurais de orquestra ou de ‘baque solto”.
Troça:
As troças são clubes que desfilam durante o dia. Sua organização é idêntica a do clube de frevo, apenas apresentando menos figuras e luxo – é mais rústica. Também sua orquestra é similar a do clube de frevo, embora o número de instrumentos musicais seja mais reduzido.
Urso de Carnaval:
Conjunto cujas figuras centrais são o “Urso” (homem trajando máscara de urso e macacão de estopa), o Domador ou “Italiano” é o “Caçador”. Geralmente acompanhados por balizas, estandarte, orquestra (formada por sanfona, triângulo, bombo, pandeiro, etc.), malabarista, etc.

MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS E RELIGIOSAS

Acorda Povo / Bandeira de São João | Bacamarteiros | Banda de Pífanos
Blocos | Boi de Carnaval | Bumba – Meu – Boi | Caboclinhos | Cavalhada
Ciranda | Clubes de Rua | Côco | Dança de São Gonçalo | Excelência
Fandango | Frevo | Malhação do Judas | Mamulengo | Maracatu
Quadrilha | Reisado | Serração do Velho | Troça | Urso de Carnaval
Vaquejada | Violeiros | Xangô | Xaxado

fontes: www.empetur.com.br e www.cultura.pe.gov.br