Recife cresceu em volta da capelinha de Santelmo. Gente profundamente católica, os primeiros habitantes era marinheiros, pescadores, comerciantes, pescadores e alguns soldados, por conta do comércio de pau-brasil e açúcar.
O historiador Carlos Bezerra Cavalcanti, em palestra no lançamento do portal Memorial, na Livraria Cultura em 18 de dezembro de 2005, comentava que o pau-brasil aqui exportado, era de uma espécie única, chamada de Pernambuc, indicada especialmente para a confecção de arco de violino e outras peças nobres.
A capelinha tomou o nome original de São Frei Pedro Gonçalves. Santelmo, o nome popular, era um santo que os marinheiros invocavam durante os temporais em alto mar, quando aparecia o fogo elétrico em chamas azuladas nos mastros do navio, denominado fogo de Santelmo.
Em 1800 a capelinha foi demolida para a construção da Matriz do Corpo Santo. Em 1913, com a construção da atual Av. Marquês de Olinda, a igreja também foi demolida!
Em 1561 quando os franceses atacaram Pernambuco, foram expulsos quando ainda tentavam construir um fortim em Recife. Enraivados deixaram uma inscrição numa pedra: “Le monde va de pis em pis” (o mundo vai de mal a pior)*
A imagem da capelinha destruída, encontra-se hoje na sacristia da Igreja da Madre de Deus, no Recife Antigo.
Hermógenes Viana cita estes dados, de um documento da época:
- RECIFE
- Povoação: 1561
- Mauricéia: teve essa denominação em 1637 (invasão holandesa)
- Vila: Criada pela Carta Régia de 19 de novembro de 1709, instalada em novembro de 1711
- Cidade: Criada pela Carta Imperial de 5 de dezembro de 1823
- Capital: Portaria de 29 de dezembro de 1825
Para Hermógenes Viana a data de fundação do Recife seria 14 de abril de 1561, uma vez que a povoação do Recife foi feita pelos marinheiros, pescadores, comerciantes, pescadores e alguns soldados, em torno da igrejinha de Santelmo, sob a invocação do Corpo Santo; e, como a Igreja Católica festeja 14 de abril o mencionado santo, esta seria a data de fundação do Recife.