::::: Literatura virtual : 10 contos de rés :::::

Nos sábados, em frente às Lojas Americanas, no início da década de 80, no fim da ditadura militar, eu e um bando de malucos, fazíamos recitais de poesia pendurados num tamborete. Wilson Freire, Marcelo Mário Melo, Chico Espinhara, eu (Don Antonio), integrávamos o Movimento dos Escritores Independentes, que realizou dois encontros nacionais em Olinda, Pernambuco. Na época, eu estava sem emprego, sem saber que integrava, também, o futuro Movimento dos Dez-empregados e vendia meus livrinhos de poesia em bares e porta de teatro. 

Depois de editar uns cinco livros de poema, parti para os contos, alguns deles publicados em jornais do Recife, Pernambuco. O curioso no conto “De Madrugada…”, é que foi feito nas coxas minutos antes de fechar a diagramação do jornal que eu fazia para a Secretaria de Habitação, O Mutirão. Faltava fechar um espaço e a editora, Jô de Lima (antiga Joana D’Arc, hoje assessora de imprensa da Secretaria de Produção Rural) pediu para escrever alguma coisa, ligada a habitação. E ganhei o segundo prêmio num concurso nacional…