Coronel José Cerqueira de Aguiar Lima
Após a proclamação da independência, o Coronel José Cerqueira de Aguiar Lima foi a primeira pessoa a governar Pernambuco. Ficou no cargo provisoriamente em 1889, deixando-o ainda no mesmo ano, após as eleições que elegeram o Brigadeiro José Simeão de Oliveira para o Governo do Estado.
1889/1890
Brigadeiro José Simeão de Oliveira
O Brigadeiro José Simeão de Oliveira foi eleito governador de Pernambuco em 1889, porém só ficou no cargo até 1890.
1890
Albino Gonçalves Meira
Albino Gonçalves Meira, eleito governador em 1890, teve uma passagem breve pelo governo, deixando-o ainda no mesmo ano que assumiu o cargo, assim como seu sucessor, Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti.
1890
Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti
Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti, teve duas passagens pelo Governo de Pernambuco. Em 1890, foi eleito, porém, deixou o cargo no mesmo ano que o assumiu, assim como seu antecessor, Albino Gonçalves. Sua segunda passagem pelo governo pernambucano foi mais longa. Vice governador, assumiu o mandato em 1892 e permaneceu à frente do estado até 1896.
1890
Henrique Pereira Lucena – Barão de Lucena Henrique Pereira Lucena, o Barão de Lucena, nasceu em 1835, na cidade de Limoeiro. Filho de um dos heróis da Revolução Praieira. Estudou humanidades no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1858, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais no Recife. Exerceu sua magistratura por diversas comarcas do Império. O título de Barão lhe foi concedido pela Princesa Izabel devido à sua atuação na Câmara, fazendo com que o projeto que decretava a abolição da escravatura transitasse rapidamente. Foi governador de diversas províncias, como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul.
O Barão de Lucena governou Pernambuco de 4 de agosto de 1890 a 23 de outubro do mesmo ano. Teve passagens, também, pelos ministérios da Agricultura e da Fazenda durante o governo do marechal Deodoro da Fonseca. No período de 1890 a 1892, assumiu o ministério do Supremo Tribunal Federal. Foi ainda deputado-geral por Pernambuco de 1886 a 1889, chegando à presidência da Câmara. Faleceu aos 78 anos em 10 de dezembro de 1913 no Rio de Janeiro.
1890/1891
Desembargador José Antônio Correia da Silva
Desembargador José Antônio Correia da Silva, eleito governador no final de 1890, também teve uma passagem breve pelo governo, deixando-o no ano de 1891.
1891
José Maria de Albuquerque Melo
José Maria de Albuquerque Melo governou Pernambuco, em 1891, como Presidente da Câmara dos Deputados. Deixou o cargo ainda no mesmo ano.
1891/1892
Barão de Contendas
Vice governador, o Barão de Contendas, assumiu o Governo de Pernambuco, em 1891. Porém, em 1892 deixou o cargo.
1892
Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti
Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti, teve duas passagens pelo Governo de Pernambuco. Em 1890, foi eleito, porém, deixou o cargo no mesmo ano que o assumiu, assim como seu antecessor, Albino Gonçalves. Sua segunda passagem pelo governo pernambucano foi mais longa. Vice governador, assumiu o mandato em 1892 e permaneceu à frente do estado até 1896.
1892/1896
Alexandre José Barbosa Lima Alexandre José Barbosa Lima nasceu no dia 23 de março de 1862, no Recife. Acompanhado do pai, passou a vida se deslocando por vários Estados brasileiros. Aos 20 anos decidiu seguir carreira nas Forças Armadas e ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha, saindo de lá como alferes aluno. Foi defensor das idéias abolicionistas. Destacou-se durante o governo de Floriano Peixoto, do qual tornou-se homem de confiança durante a revolta da Armada e da Revolução Federalista. Designado por Floriano, disputa eleições para assumir o governo de Pernambuco. Ao ser eleito em abril de 1892, renunciou ao mandato de deputado federal pelo Ceará. Em 1896, após concluir seu mandato de governador, voltou à Câmara Federal como representante pernambucano. Sendo reeleito por mais duas vezes, de 1900 a 1906 pelo Estado do Rio Grande do Sul e, de 1906 a 1911 pelo Distrito Federal.
Participou da revolta contra a vacina obrigatória que tumultuou o Rio de Janeiro durante o governo de Rodrigues Alves. Durante seu governo, Alexandre Barbosa Lima criou escolas em vários municípios do Estado, inclusive, a Escola de Engenharia, incorporada, hoje, pela Universidade Federal de Pernambuco. Faleceu em 1931.
1896/1899
Joaquim Correia de Araújo
Joaquim Correia de Araújo foi eleito em 1896 e governou Pernambuco até 1899.
1899/1900
Sigismundo Antônio Gonçalves Sigismundo Antônio Gonçalves nasceu no dia 29 de setembro de 1845, na cidade de Barras, Piauí. Durante o regime republicano, foi nomeado desembargador do Supremo Tribunal de Justiça. Foi chefe de polícia, deputado provincial de 1868 a 1869 e deputado geral por duas legislaturas (1878 a 1881 e de fevereiro a setembro de 1885).
Governou Pernambuco de 7 de abril de 1904 a 7 de abril de 1908, sendo, também, senador pelo Estado por duas vezes, em 1900/1903 e 1908/1915. Além de político, Sigismundo Gonçalves foi jornalista e magistrado.
1900/1904
Antônio Gonçalves Ferreira Antônio Gonçalves Ferreira nasceu na capital pernambucana,em 26 de setembro de 1846, filho de Antonio Gonçalves Ferreira Cascão e Maria Josefa Vianna . Formado pela Faculdade de Direito do Recife em 1867, começou a vida pública como delegado da capital, sendo promotor público logo em seguida; deputado provincial por várias legislaturas, a partir de 1872 e, finalmente, deputado-geral por três legislaturas (a primeira em 1881, pelo 12º Distrito ). Foi Chefe de Gabinete do Visconde de Ouro Preto e presidente da Província de Minas Gerais em 1888, tendo havido uma estação com seu nome na Estrada de Ferro do Oeste. Na República, foi deputado constituinte em 1890 por duas vezes, sendo que no segundo mandato renunciou para assumir o Ministério do Interior durante o governo de Prudente de Moraes, cargo que ocupou de 1894 a agosto de 1896. Eleito senador em 1897, renunciou ao mandato para ocupar o cargo de governador de Pernambuco em abril de 1900. Foi senador por mais duas legislaturas em 1904 e 1929.
Casou-se em 28 de junho de 1871 com Benevenuta Marinho, filha de Francisco Marinho de Albuquerque Mello e Josefa Francisca Pessoa de Mello, tendo 8 filhos. Faleceu em 11 de agosto de 1931 no Rio de Janeiro (texto da colaboradora Regina Cascão).
1904/1908
Sigismundo Antônio Gonçalves Sigismundo Antônio Gonçalves nasceu no dia 29 de setembro de 1845, na cidade de Barras, Piauí. Durante o regime republicano, foi nomeado desembargador do Supremo Tribunal de Justiça. Foi chefe de polícia, deputado provincial de 1868 a 1869 e deputado geral por duas legislaturas (1878 a 1881 e de fevereiro a setembro de 1885).
Governou Pernambuco de 7 de abril de 1904 a 7 de abril de 1908, sendo, também, senador pelo Estado por duas vezes, em 1900/1903 e 1908/1915. Além de político, Sigismundo Gonçalves foi jornalista e magistrado.
1908/1911
Herculano Bandeira de Melo Herculano Bandeira de Melo nasceu no dia 23 de março de 1850, na cidade de Nazaré da Mata. Filho do senhor de engenho Herculano Bandeira de Melo e de Ana Joaquina Cavalcanti Bandeira, cursou a faculdade de Direito onde se tornou bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1870. Foi servidor público, advogado, magistrado, juiz substituto em Nazaré da Mata no ano de 1888, vereador (durante nove mandados), deputado provincial entre 1875 e 1877, constituinte em 1891 e deputado federal por três ocasiões (1895/1897; 1897/1900 e 1900/1901). Em seguida, foi eleito senador e logo após, governador de Pernambuco em 1906.
Entretanto, foi forçado a renunciar, quando dispunha de quase um ano à frente do governo estadual, devido ao enfraquecimento das velhas oligarquias. Faleceu no Recife em 19 de março de 1916.
1911
Estácio de Albuquerque Coimbra Estácio de Albuquerque Coimbra nasceu no dia 2 de outubro de 1872, no engenho Tentuga, na cidade de Barreiros, zona da mata pernambucana. Advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife em 1892, foi, além de governador de Pernambuco, vice-presidente da República durante o governo de Artur Bernardes (1922/1926), deputado e senador. Esteve à frente do governo pernambucano por duas vezes. Em 1911, teve uma passagem breve pelo governo. Já em 1922, após deixar a vice-presidência, ficou no cargo por quatro anos. Ao estourar a Revolução de 1930, se viu obrigado a deixar o Estado às pressas. Embarcou na praia de Tamandaré com destino ao exílio na Europa em companhia do seu então secretário particular, Gilberto Freyre.
Faleceu no Rio de Janeiro em 1937. Seu corpo foi levado para o Recife e velado no Palácio Joaquim Nabuco, de onde saiu com grande cortejo para o cemitério de Santo Amaro.
1911
Padre João da Costa Bezerra de Carvalho
Padre João da Costa Bezerra de Carvalho teve uma passagem breve pelo Governo de Pernambuco como Vice-Presidente do Senado Estadual, em 1911.
1911/1915
General Emídio Dantas Barreto
Emídio Dantas Barreto nasceu em 1850, em Bom Conselho, agreste pernambucano. Filho de família humilde, Dantas Barreto ingressou cedo na carreira militar. Aos 15 anos alista-se no Corpo dos Voluntários da Pátria para lutar na Guerra do Paraguai. Destacou-se por sua disciplina e ao voltar ao Brasil pôde se dedicar ao militarismo. Ingressou na Escola Militar no curso de artilharia. Subia de posto com regularidade, porém, lentamente. Foi tenente em 1879, capitão em 1882, major em 1890, tenente-coronel em 1894 e general da brigada em 1906. Durante suas viagens pelos estados brasileiros como militar, foi colaborador da Revista Americana do Rio de Janeiro e do Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul. Sua carreira nas letras se estendeu também ao teatro, onde escreveu algumas peças como, a Condessa Hermínia (1883), Margarida Nobre (1886), Lucinda e Coleta e Episódio da Vida Fluminense (1896). Durante esse período, Dantas Barreto tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 1897, participou da Guerra de Canudos e, ao voltar, publicou os livros: A Destruição de Canudos e Acidentes de Guerra. Após deixar o governo, Dantas Barreto seguiu na carreira política e elegeu-se senador em 1916. Foi reformado em 1918. Tentou outras vezes voltar ao governo do Estado, porém, sem sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro em 1931.
1915/1919
Manuel Antônio Pereira Borba Manuel Antônio Pereira Borba nasceu em Timbaúba. Formou-se no Recife, porém, iniciou sua carreira política como prefeito de Goiana. Durante esse período, inaugurou a primeira linha de ônibus do Estado, ligando Goiana a Olinda. Eleito governador em 18 de dezembro de 1915, Manuel Borba estendeu sua ação política também para o sertão. Importou para as prefeituras do interior uma série de touros de raças selecionadas para cruzar com as vacas da região. Perseguiu criminosos que ficaram impunes no governo de Dantas Barreto.
Faleceu em 1928, no palacete em que vivia no Recife, em conseqüência de um acidente alimentar.
1919
José Rufino Bezerra Cavalcanti José Rufino Bezerra Cavalcanti nasceu em 1865, em Pernambuco. Filho de proprietários rurais ligados à produção açucareira. Foi usineiro no município do Cabo de Santo Agostinho e senhor de engenho em Vitória de Santo Antão. Estudou advocacia na tradicional Faculdade de Direito do Recife. Concluiu seus estudos muito cedo, aos 21 anos. Construiu fortuna com a agricultura. Em 1906, elegeu-se deputado federal, permanecendo na Câmara até 1914.
Eleito governador em 1919, desenvolveu uma política de conciliação entre as classes produtoras, aproximando os usineiros e os comerciantes. Acometido de doença incurável, se viu obrigado a se afastar do cargo. Além do governo estadual, José Bezerra exerceu mandatos de deputado federal e senador. Foi também Ministro da Agricultura. Faleceu em 1920.
1922/1926
Sérgio Lins Teixeira de Barros Loreto Sérgio Lins Teixeira de Barros Loreto nasceu no dia 9 de setembro de 1887, na cidade de Águas Belas, zona da mata pernambucana. Filho do professor Galdino Eleutério Teixeira de Barros e de Luiza Loreto, se formou em Ciências Jurídicas e Sociais no Recife. Com a proclamação da República, Sérgio Loreto foi convidado pelo irmão Galdino Loreto para assumir o cargo de promotor público, sendo, em seguida, juiz municipal em Santa Leopoldina. Foi também juiz seccional no Espírito Santo, onde esteve por pouco tempo, voltando para Pernambuco como juiz federal. Levava a vida como magistrado até ser convidado para disputar o governo do Estado. Eleito governador de Pernambuco, em 1922, procurou desenvolver uma política modernizadora em todos os sentidos. Concretizou a criação das secretarias do Estado. Centrou forças no combate às epidemias da gripe espanhola e da febre amarela que assolaram a Região.
Durante seu governo, Sérgio Loreto enfrentou diversos problemas como a difusão do cangaceirismo no sertão. A Coluna Prestes entrou em Pernambuco, vinda do Ceará, e atravessou o estado por duas vezes.
1926/1930
Estácio de Albuquerque Coimbra Estácio de Albuquerque Coimbra nasceu no dia 2 de outubro de 1872, no engenho Tentuga, na cidade de Barreiros, zona da mata pernambucana. Advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife em 1892, foi, além de governador de Pernambuco, vice-presidente da República durante o governo de Artur Bernardes (1922/1926), deputado e senador. Esteve à frente do governo pernambucano por duas vezes. Em 1911, teve uma passagem breve pelo governo. Já em 1922, após deixar a vice-presidência, ficou no cargo por quatro anos. Ao estourar a Revolução de 1930, se viu obrigado a deixar o Estado às pressas. Embarcou na praia de Tamandaré com destino ao exílio na Europa em companhia do seu então secretário particular, Gilberto Freyre.
Faleceu no Rio de Janeiro em 1937. Seu corpo foi levado para o Recife e velado no Palácio Joaquim Nabuco, de onde saiu com grande cortejo para o cemitério de Santo Amaro.
1930/1935 – 1935/1937
Carlos de Lima Cavalcanti Carlos de Lima Cavalcanti no engenho Caeté , município de Amaraji, zona da mata pernambucana, no dia 7 de junho de 1892. Filho de Elvira Clélia e Arthur de Siqueira Cavalcanti, usineiro, iniciou seus estudos no Recife. Foi para São Paulo estudar Direito, concluindo o curso em 1914. Ao voltar para Pernambuco em 1918, dirigiu a usina da família, porém, sem abandonar as atividades políticas. Em 1930, participou dos acontecimentos revolucionários, com Juarez Távora, Muniz de Farias e Agildo Barata . Foi escolhido interventor revolucionário de Pernambuco, fato estranho porque os demais interventores eram jovens tenentes , governando Pernambuco como interventor até 1935. Em 1935 , foi eleito Governador pela Assembléia Legislativa (a chamada eleição indireta), derrotando João Alberto, o capitão da coluna Prestes .Em 1937, com o golpe de Vargas ,foi deposto e retirou-se para o exterior. Proprietário dos jornais recifenses Diário da Manhã e Jornal da Tarde, foi deputado estadual e governou Pernambuco de 1930 a 1937. Em 2 de dezembro de 1945, foi eleito pela UDN (União Democrática Nacional) deputado Constituinte, permanecendo na Câmara até 1959. Após o Golpe Militar, Carlos de Lima Cavalcanti voltou a exercer cargo público federal como membro do Conselho da Caixa Econômica Federal.
Foi casado com Helena Ganches, sendo pai de Risoleta Celia, Carlos Gilberto e Carlos Fernando. Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1967 , mas foi trasladado para o Recife, onde foi sepultado no Cemitério Santo Amaro (texto da colaboradora Regina Cascão).
1937
Amaro de Azambuja Vila Nova
Amaro de Azambuja Vila Nova governou Pernambuco, como interventor, em 1937. Deixou o cargo no mesmo ano, quando Agamenon Magalhães assumiu o governo, também como interventor.
1937/1945
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães nasceu no dia 5 de novembro de 1894, na cidade de Serra Talhada, sertão pernambucano. Filho do bacharel Sérgio Nunes de Magalhães e de Antônia de Godoy Magalhães. Em 1912, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde concluiu o curso de Ciências Políticas e Sociais. Foi redator do jornal Província, deputado estadual em 1918 e deputado Constituinte eleito em 1932. Foi também professor da Faculdade de Direito do Recife em 1934, porém só chegou a dar uma aula, pois assumiu o Ministério do Trabalho, a convite do presidente Getúlio Vargas. Em 1937, Agamenon Magalhães foi nomeado por Vargas interventor federal em Pernambuco, cargo no qual permaneceu até 1945, assumindo, logo depois, o ministério da Justiça do governo Vargas.
Foi o autor da primeira lei brasileira de orientação anti-truste – a Lei Malaia – assinada por Vargas em 22 de junho de 1945, que dava poderes ao governo para expropriar qualquer organização, cujos negócios lesassem o interesse nacional. Em 1946, Agamenon voltou ao Congresso como deputado Constituinte, deixando o cargo em 1950 para voltar, dessa vez por meio de eleições, a governar o Estado. Em 14 de agosto de 1952 foi vítima de um enfarte no miocárdio, morrendo no Recife.
1945
Etelvino Lins de Albuquerque
Etelvino Lins de Albuquerque nasceu em Sertania, sertão pernambucano, no dia 20 de novembro de 1908. Filho de Ulisses Lins de Albuquerque e Rosa Bezerra Lins, trabalhou nos Correios como telegrafista por dois anos, de 1927 a 1929. Formado em Direito, foi promotor público em Goiana de 1931 a 1932, secretário estadual de Governo, em 1937 e de Segurança, de 1937 a 1945. Em 1945, se tornou interventor federal do Estado. Foi, também, senador constituinte em 1946 e, logo depois, elegeu-se governador de Pernambuco, cargo que exerceu entre 1952 e 1955. Foi deputado federal por duas legislaturas, 1959/1963 e 1970/1975 e ministro do Tribunal de Contas da União de 1955 a 1959.
Candidatou-se à presidência da República pela UDN e dissidência do PDS em 1955, porém, renunciou em favor da candidatura do general Juarez Távora. Participou da revolução de 1930, pertencendo à Aliança Liberal e da repressão à Insurreição Comunista do Recife em 1935. Faleceu em 18 de outubro de 1980 no Rio de Janeiro.
1945/1946
José Neves Filho
José Neves Filho assumiu o governo de Pernambuco, como interventor, em 1945. Deixou o cargo em 1946, quando José Domingues da Silva assumiu o governo, também como interventor.
1946
José Domingues da Silva
José Domingues da Silva assumiu o governo de Pernambuco, como interventor, em 1946. Deixou o cargo no mesmo ano, quando Demerval Peixoto assumiu o governo, também como interventor.
1946/1947
Demerval Peixoto
Demerval Peixoto assumiu o governo de Pernambuco, como interventor, em 1946. Deixou o cargo em 1947, quando Amaro Gomes Pedrosa assumiu o governo, também como interventor.
1947
Amaro Gomes Pedrosa
Amaro Gomes Pedrosa assumiu o governo de Pernambuco, como interventor, em 1947. Deixou o cargo no mesmo ano, quando Otávio Correia de Araújo assumiu o governo, como Presidente da assembléia.
1947/1948
Otávio Correia de Araújo
Otávio Correia de Araújo teve duas passagens breves pelo Governo de Pernambuco. A primeira, em 1947, como presidente da Assembléia Legislativa, deixando o cargo ainda no ano de 1948. A segunda, em 1958, como vice-governador, permanecendo no cargo até 1959, quando, após as eleições, foi sucedido por Cid Feijó.
1948/1951
Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho nasceu no Recife, no dia 22 de janeiro de 1897. Filho do tabelião Francisco da Cunha Lima e da dona de casa Joana de Jesus Lima, ainda muito jovem, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Ao voltar para o Recife, estudou no Colégio Salesiano e no Instituto Ginasial de Pernambuco, onde concluiu o segundo grau em 1911. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais em 1917, tinha a pretensão de conseguir, através de concurso, uma cátedra na Faculdade de Direito do Recife e virar professor. Porém, o concurso foi cancelado e Barbosa Lima Sobrinho decidiu seguir a carreira de jornalista. Publicou seu primeiro artigo aos 18 anos no Diário de Pernambuco. Em 1921, mudou-se novamente para o Rio de Janeiro e em 1924 ingressou no Jornal do Brasil, do qual se tornou redator-chefe e ocupou o cargo de redator de assuntos políticos por mais de meio século e para o qual nunca deixou de escrever. Em 1926, publicou seu primeiro livro e foi eleito presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), entidade que presidiu por 22 anos durante três mandatos. Em 1937, se tornou membro da ABL (Academia Brasileira de Letras) e de 1953 a 1954, presidiu a casa. A partir de 1990, seu nome figura no livro Guinness of Recordes como o jornalista mais antigo do mundo em atividade. Barbosa Lima é autor de mais de 70 livros. Em 1934, iniciou sua vida política, sendo eleito deputado federal Constituinte por Pernambuco. Em 1937, apoiou o Estado Novo e no ano seguinte foi nomeado diretor no Recife do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA). Em 1945, foi eleito deputado para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946. Em seguida, em 19 de janeiro de 1947 foi eleito governador de Pernambuco. Porém, Barbosa Lima só tomou posse em 14 de fevereiro de 1948 devido às tentativas de impugnação do resultado. Concluiu seu mandato em 31 de janeiro de 1951. Nacionalista, participou ativamente das Diretas Já em 1983/1984. Foi o escolhido para assinar, em nome dos brasileiros, o pedido de impeachment do presidente Fernando Collor em 1992. Condenou o movimento militar e a venda das grandes estatais e defendeu a criação da Eletrobrás. Com seus mais de cem anos, Barbosa Lima foi a pessoa que mais participou de fatos importantes na vida política do Brasil. Assistiu a passagem de 26 presidentes brasileiros e viveu o correspondente a mais de 20 por cento de toda história nacional.
Adepto ao esporte, Barbosa Lima foi remador e jogador do Náutico durante sua adolescência. Fundou o clube de futebol Corinthians Olindense. Aos 102 anos, mantinha a rotina diária de pedalar 400 vezes sua bicicleta ergométrica. E afirmava que até aos 60 anos jogava pelada com os filhos no quintal da casa. Durante sua vida, publicou cerca de 4 mil artigos para o Jornal do Brasil, Diário de Pernambuco e Jornal do Recife. Faleceu em 16 de julho de 2000, aos 103 anos.
1951/1952
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães nasceu no dia 5 de novembro de 1894, na cidade de Serra Talhada, sertão pernambucano. Filho do bacharel Sérgio Nunes de Magalhães e de Antônia de Godoy Magalhães. Em 1912, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde concluiu o curso de Ciências Políticas e Sociais. Foi redator do jornal Província, deputado estadual em 1918 e deputado Constituinte eleito em 1932. Foi também professor da Faculdade de Direito do Recife em 1934, porém só chegou a dar uma aula, pois assumiu o Ministério do Trabalho, a convite do presidente Getúlio Vargas. Em 1937, Agamenon Magalhães foi nomeado por Vargas interventor federal em Pernambuco, cargo no qual permaneceu até 1945, assumindo, logo depois, o ministério da Justiça do governo Vargas.
Foi o autor da primeira lei brasileira de orientação anti-truste – a Lei Malaia – assinada por Vargas em 22 de junho de 1945, que dava poderes ao governo para expropriar qualquer organização, cujos negócios lesassem o interesse nacional. Em 1946, Agamenon voltou ao Congresso como deputado Constituinte, deixando o cargo em 1950 para voltar, dessa vez por meio de eleições, a governar o Estado. Em 14 de agosto de 1952 foi vítima de um enfarte no miocárdio, morrendo no Recife.
1952
Antônio Torres Galvão
Antônio Torres Galvão governou pernambuco por alguns meses, em 1952, como presidente da Assembléia Legislativa. Deixou o cargo, no mesmo ano em que assumiu, quando Etelvino Lins de Albuquerque venceu as eleições e ficou à frente do governo estadual.
1952/1955
Etelvino Lins de Albuquerque Etelvino Lins de Albuquerque nasceu em Sertania, sertão pernambucano, no dia 20 de novembro de 1908. Filho de Ulisses Lins de Albuquerque e Rosa Bezerra Lins, trabalhou nos Correios como telegrafista por dois anos, de 1927 a 1929. Formado em Direito, foi promotor público em Goiana de 1931 a 1932, secretário estadual de Governo, em 1937 e de Segurança, de 1937 a 1945. Em 1945, se tornou interventor federal do Estado. Foi, também, senador constituinte em 1946 e, logo depois, elegeu-se governador de Pernambuco, cargo que exerceu entre 1952 e 1955. Foi deputado federal por duas legislaturas, 1959/1963 e 1970/1975 e ministro do Tribunal de Contas da União de 1955 a 1959.
Candidatou-se à presidência da República pela UDN e dissidência do PDS em 1955, porém, renunciou em favor da candidatura do general Juarez Távora. Participou da revolução de 1930, pertencendo à Aliança Liberal e da repressão à Insurreição Comunista do Recife em 1935. Faleceu em 18 de outubro de 1980 no Rio de Janeiro.
1955/1958
Osvaldo Cordeiro de Farias
Osvaldo Cordeiro de Farias nasceu em Jaguarão, Rio Grande do Sul, no dia 16 de agosto de 1901. Filho de Joaquim Barbosa Cordeiro de Farias e Corina Padilha Cordeiro de Farias, teve duas passagens rápidas por Pernambuco, mas de grande influência. Uma como comandante da Coluna Prestes, em 1926 e outra como governador, de 1955 a 1958. Renunciou e se transferiu para o Rio de Janeiro, onde passou a exercer diversos cargos de importância.
Em 1917, entrou para a Escola Militar do Realengo, sendo, dois anos depois, declarado oficial. Participou do primeiro 5 de julho, no Rio de Janeiro e do segundo, no Rio Grande do Sul. A Revolução fracassa, indo Osvaldo de Farias para a área onde se formava a Coluna Prestes, obtendo posto de comandante de destacamento ao lado de Siqueira Campos e João Alberto. Participou, também, das ações da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Itália, de setembro de 1944 a agosto de 1945.
1958/1959
Otávio Correia de Araújo
Otávio Correia de Araújo teve duas passagens breves pelo Governo de Pernambuco. A primeira, em 1947, como presidente da Assembléia Legislativa, deixando o cargo ainda no ano de 1948. A segunda, em 1958, como vice-governador, permanecendo no cargo até 1959, quando, após as eleições, foi sucedido por Cid Feijó.
1959/1962
Cid Feijó Sampaio Cid Feijó Sampaio nasceu no Recife, no dia 7 de dezembro de 1910. Engenheiro formado e usineiro iniciou sua vida política através da União Democrática Nacional (UDN), partido pelo qual disputou e venceu as eleições para o governo de Pernambuco em 1958, tendo o apoio de Luís Carlos Prestes e Gregório Bezerra, ambos do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Exerceu o cargo de governador entre 1959 e 1962. Após o golpe militar de 1964, Cid Sampaio filiou-se à ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e foi eleito deputado federal por Pernambuco em 1967. Em 1978, disputou as eleições para o senado por uma sub-legenda da ARENA, porém não se elegeu. Em 1982, integrando a chapa do PMDB tentou novamente, mas não conseguiu se eleger. Com a morte de Nilo Coelho, em 9 de novembro, Cid Sampaio, assumiu a vaga no senado, ficando até o final do mandato, em 1987. Como governador, desenvolveu uma campanha em todo o Estado para aumentar a arrecadação de impostos e inibir a sonegação. Notas fiscais eram trocadas por papéis da Coperbo, uma indústria de borracha sintética instalada na Região Metropolitana do Recife. A estatal, criada por Cid Sampaio, foi vendida à Petrobrás. Dirigiu várias entidades representativas de empresários pernambucanos, sendo presidente da Federação das Indústrias e do Sindicato das Indústrias de Açúcar de Pernambuco.
Foi presidente da seção Pernambuco da UDN e um dos controladores no Estado de partidos como PL (Partido Liberal) e o PDC (Partido Democrata Cristão).
1962/1964
Miguel Arraes de Alencar Miguel Arraes de Alencar nasceu em 15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará. Concluiu o curso secundário em 1932, na cidade do Crato. Em seguida, mudou-se para o Recife para dar continuidade aos estudos e seguir carreira profissional, prestando concurso público e tornando-se, em 1933, funcionário do Instituto de Açúcar e do Álcool (IAA). Estudou na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1937 e continuando a carreira de servidor público. Foi Delegado Regional do IAA, nomeado por Barbosa Lima Sobrinho. Arraes iniciou sua carreira política em 1948, ocupando o cargo de secretário estadual da Fazenda, durante o governo de Barbosa Lima Sobrinho. Em 1950, elegeu-se deputado estadual. Em 1958, conquista novamente uma vaga na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Em 1959, foi secretário da Fazenda no governo de Cid Sampaio e prefeito da cidade do Recife.
Em 1962, Arraes foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco, porém não concluiu o mandato sendo deposto pelo Golpe Militar. Teve passagens por algumas prisões brasileiras, seguindo para a Argélia em 25 de maio de 1965. Após 14 anos de exílio, voltou ao Brasil beneficiado pela anistia. Foi eleito deputado federal em 1982 e, em 1986, elegeu-se mais uma vez governador de Pernambuco. Em 1990, foi novamente deputado federal. Em 1994, voltou ao governo de Pernambuco pela terceira vez. Em 2003, assumiu mais um mandato como deputado federal.
1964/1967
Paulo Pessoa Guerra Paulo Pessoa Guerra nasceu em Nazaré da Mata, zona da mata pernambucana, no dia 10 de dezembro de 1916. Filho de uma família tradicional, estudou em colégios da capital do estado e na Faculdade de Direito do Recife. Iniciou sua vida política sendo eleito prefeito de Orobó e, logo em seguida, de Bezerros. Durante o Estado Novo, foi nomeado diretor do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda e depois da Penitenciária Agrícola de Itamaracá. Foi eleito por duas vezes deputado federal, em 1946 e em 1950. Em 1954, preferiu ficar no Recife, elegendo-se deputado estadual. Em 1962, foi eleito vice-governador na chapa de Miguel Arraes. Com a deposição de Arraes, Paulo Guerra assumiu a vaga de governador, tendo uma administração conturbada em decorrência do movimento militar.
Durante o mandato, lançou as bases para a criação da FESP – Fundação de Ensino Superior de Pernambuco – que deu origem à Universidade de Pernambuco. Em 31 de janeiro de 1967, conclui seu mandato. Em 1970, elegeu-se senador, porém, não chegou a concluir o mandato falecendo em 9 de julho de 1977.
1967/1971
Nilo de Souza Coelho Nilo de Souza Coelho nasceu em Petrolina, sertão pernambucano, no dia 2 de novembro de 1920. Filho de Josefa Coelho e do Coronel Clementino de Souza Coelho, famoso por ser o maior acionista da Companhia Siderúrgica Nacional e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – CHESF. Estudou na Bahia, onde se formou na tradicional Faculdade de Medicina. Em 1947, voltou para Petrolina sendo eleito deputado estadual e, em 1951, deputado federal. Foi também secretário da Fazenda no governo de Etelvino Lins em 1954. Reeleito deputado federal em 1958 e em 1963. Participou do Bloco Parlamentar Revolucionário (BELOCH, 1964), que deu origem à ARENA. Foi escolhido, indiretamente, para governar Pernambuco em 1966.
Após deixar o governo do Estado, elegeu-se senador, porém, faleceu antes de concluir seu mandato em 9 de novembro de 1983, sendo sucedido pelo seu suplente, Cid Sampaio.
1971/1975
Eraldo Gueiros Leite Eraldo Gueiros Leite nasceu em Canhotinho, agreste pernambucano, no dia 18 de janeiro de 1912. Filho do fazendeiro José Ferreira Leite e de Amélia Gueiros Leite, fez o curso primário na sua cidade natal e o secundário no Ginásio Pernambucano. Em 1935 formou-se em Direito, tornando-se, em seguida, consultor jurídico do executor do estado de sítio em Pernambuco, o general Aurélio de Souza Ferreira. Dedicou-se à advocacia e ao exercício do cargo na procuradoria da Justiça Militar. Foi advogado da Pernambuco Tramway, empresa canadense prestadora de serviços de luz e força no Recife, palco de inúmeras greves operárias. Foi integrante do Superior Tribunal Militar, após concurso no governo do general Dutra em 1957. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, em setembro de 1964, para assumir a Procuradoria Geral da Justiça Militar, durante o governo do marechal Castelo Branco. Em março de 1969, foi empossado como ministro do Supremo Tribunal Militar, no governo de Costa e Silva.
Através de eleições indiretas, tomou posse em março de 1971como Governador de Pernambuco. Morreu em 5 de março de 1983, no Recife.
1975/1979
José Francisco de Moura Cavalcanti José Francisco de Moura Cavalcanti nasceu no dia 20 de outubro de 1925, no engenho Cipó Branco, então município de Macaparana, hoje São Vicente Ferrer, agreste de Pernambuco. Filho do Coronel João Francisco de Melo Cavalcanti e Áurea Moura Cavalcanti, iniciou seus estudos em Macaparana. Transferiu-se para o Recife, onde estudou nos colégios Osvaldo Cruz e Nóbrega. Ingressou na Faculdade de Direito e no curso de Geografia e História da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Manuel da Nóbrega. Abandonou os estudos e voltou à Macaparana para ser eleito o prefeito mais jovem do Brasil, aos 18 anos. Retomou o curso de Direito no início dos anos 50, concluindo-o em 1954. Foi indicado pelo então presidente da República Jânio Quadros, governador do Amapá. Após a renúncia de Jânio, em agosto de 1960, Cavalcanti foi destituído do cargo. Retornou a Pernambuco e exerceu o cargo de secretário da Administração e da Coordenação Política durante o governo de Paulo Guerra. No governo seguinte, de Nilo Coelho, exerceu a presidência da Comissão do Desenvolvimento do Vale do Siriji.
No governo Médici, Moura Cavalcanti chegou ao plano federal, exercendo a presidência do INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária). Em seguida, foi indicado também por Médici, para ocupar o Ministério da Agricultura. Por indicação de Geisel, então presidente da República, foi nomeado governador de Pernambuco. Em 28 de novembro de 1994, adoeceu e, depois de várias complicações, faleceu no Recife.
1979/1982
Marco Antônio de Oliveira Maciel Marco Antônio Maciel nasceu no dia 21 de julho de 1940, no Recife. Iniciou sua vida política em 1967 quando se elegeu deputado estadual. Logo em seguida, foi deputado federal por Pernambuco durante duas legislaturas (1970/74 e 1975/79). Foi governador do Estado entre 1978 e 1982 e senador por duas vezes, o primeiro mandato de 1983 a 1991 e o segundo de 1991 a 1999. Porém, em 1992, deixou o cargo para assumir a vice-presidência da República na chapa de Fernando Henrique Cardoso. Marco Maciel foi ainda professor de Direito Internacional Público da Universidade Católica de Pernambuco, secretário de Trabalho e Ação Social de Pernambuco em 1964, Ministro da Educação de 1985 a 1986, Ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República de 1986 a 1987 e 1º secretário do diretório nacional da ARENA de 1974 a 1975.
Exerceu também os cargos de presidente da Câmara dos Deputados de 1977 a 1979, presidente do Partido da Frente Liberal (PFL) em 1987. Maciel aventurou-se no caminho das letras e publicou alguns livros, entre os quais, Vocação e Compromisso (1982) e Liberalismo e Justiça Social (1987). Em 2003, assumiu mandato como Senador por Pernambuco.
1982/1983
José Muniz Ramos
José Muniz Ramos assumiu o governo de Pernambuco indicado por Marco Maciel, que deixou o mandato, junto com seu vice, Roberto Magalhães, para disputar uma vaga no senado.
1983/1986
Roberto Magalhães Melo Roberto Magalhães Melo nasceu no dia 17 de julho de 1933, na cidade de Canguaretama, Rio Grande do Norte. Estudou no Colégio Nóbrega e, em 1953, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde cursou os três primeiros anos, transferindo-se em seguida para o Rio de Janeiro, onde conclui o curso de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidade Nacional (atual UFRJ). Recém diplomado, assumiu seu primeiro cargo público no Tribunal de Contas da União, ainda no Rio de Janeiro. Em 1963, convidado pelo governador Cid Sampaio, volta a Pernambuco para assumir um posto na assessoria jurídica do governador do Estado. Doutor em Direito Privado e Especializado pela Faculdade de Direito do Recife, ingressa no quadro docente da faculdade, iniciando a carreira no magistério como assistente do então professor catedrático, Murilo Barros Guimarães. Em 1967, convidado pelo governador Nilo Coelho, assumiu a Secretaria de Educação e Cultura do Estado. De 1971 a 1978, dedicou-se integralmente às atividades de advogado e professor, reiniciando, em 1979, sua atividade político-administrativa como vice-governador durante o governo Marco Maciel.
Em 15 de novembro de 1982, elegeu-se governador de Pernambuco pelo PDS. Entre 1986 e 1990, retomou suas atividades na advocacia e no magistério. Em 1990, foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 1994, quando assumiu a presidência da comissão de Constituição e Justiça. Foi eleito prefeito do Recife em 3 de outubro de 1996. Em 2003, assumiu mais um mandato como deputado federal.
1986/1987
Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho nasceu em 1947, em Vitória de Santo Antão, agreste pernambucano. Iniciou sua carreira política em 1975, quando foi secretário da Fazenda de Pernambuco. Em 1979, foi escolhido para prefeito do Recife, pelo então governador do Estado Marco Maciel, cargo que ocupou até 1982.
Foi, também, vice-governador de Pernambuco, eleito pelo voto direto na chapa de Roberto Magalhães. Devido ao afastamento de Magalhães para disputar uma vaga no senado, Gustavo Krause assumiu o governo estadual de 1983 a 1986. Em 1988, foi eleito vereador pelo Recife e em 1990, deputado federal. Em 1991, ocupou pela segunda vez a Secretaria da Fazenda de Pernambuco. Em 1992, assumiu o Ministério da Fazenda e, em 1995, tornou-se ministro do Meio Ambiente, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
1987/1990
Miguel Arraes de Alencar Miguel Arraes de Alencar nasceu em 15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará. Concluiu o curso secundário em 1932, na cidade do Crato. Em seguida, mudou-se para o Recife para dar continuidade aos estudos e seguir carreira profissional, prestando concurso público e tornando-se, em 1933, funcionário do Instituto de Açúcar e do Álcool (IAA). Estudou na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1937 e continuando a carreira de servidor público. Foi Delegado Regional do IAA, nomeado por Barbosa Lima Sobrinho. Arraes iniciou sua carreira política em 1948, ocupando o cargo de secretário estadual da Fazenda, durante o governo de Barbosa Lima Sobrinho. Em 1950, elegeu-se deputado estadual. Em 1958, conquista novamente uma vaga na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Em 1959, foi secretário da Fazenda no governo de Cid Sampaio e prefeito da cidade do Recife.
Em 1962, Arraes foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco, porém não concluiu o mandato sendo deposto pelo Golpe Militar. Teve passagens por algumas prisões brasileiras, seguindo para a Argélia em 25 de maio de 1965. Após 14 anos de exílio, voltou ao Brasil beneficiado pela anistia. Foi eleito deputado federal em 1982 e, em 1986, elegeu-se mais uma vez governador de Pernambuco. Em 1990, foi novamente deputado federal. Em 1994, voltou ao governo de Pernambuco pela terceira vez. Em 2003, assumiu mais um mandato como deputado federal.
1990/1991
Carlos Wilson Campos Carlos Wilson Campos nasceu no Recife, em março de 1950. Iniciou sua vida pública em 1972 como oficial de gabinete do INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), na gestão do então presidente José Francisco de Moura Cavalcanti. Em 1974, elegeu-se deputado federal, sendo reeleito em 1978 pela ARENA e em 1982, pelo PMDB.
Em 1986, foi eleito vice-governador na chapa de Miguel Arraes. Carlos Wilson assumiu o governo do Estado em abril de 1990, ficando no cargo durante 11 meses. Em 1992, assumiu a Secretária Nacional de Irrigação, a convite do então presidente Itamar Franco. Em 1994, elegeu-se senador por Pernambuco. Atualmente, ocupa o posto de presidente da Infraero.
1991/1995
Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti
Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti nasceu no Recife, no dia 14 de abril de 1948. Advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife, seu primeiro contato com a política veio quando seu pai, José Francisco de Moura Cavalcanti, assumiu o governo de Pernambuco, em 1975 na condição de presidente da Assembléia Legislativa do Estado. Em 1967, ainda adolescente, Joaquim Francisco assumiu seu primeiro cargo dentro do governo, Oficial de Gabinete do então governador Nilo Coelho. Daí pra frente, Joaquim Francisco passou por vários cargos públicos, entre eles o de assistente da presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). De 1970 a 1974, foi secretário do Trabalho e Ação Social, no governo Moura Cavalcanti. Antes de chegar ao Governo de Pernambuco, em 1991, Joaquim Francisco foi prefeito do Recife por duas vezes. A primeira, foi nomeado e exerceu o cargo de 1983 a 1985. Já sua segunda passagem pela prefeitura da capital pernambucana foi através de eleições diretas no ano de 1988, onde foi exerceu o cargo até o ano de 1990.
Joaquim Francisco foi ainda ministro do Interior por três meses, no Governo Sarney e consultor técnico do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID). Em 2093, assumiu mandato como deputado federal.
1995/1998
Miguel Arraes de Alencar
Miguel Arraes de Alencar nasceu em 15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará. Concluiu o curso secundário em 1932, na cidade do Crato. Em seguida, mudou-se para o Recife para dar continuidade aos estudos e seguir carreira profissional, prestando concurso público e tornando-se, em 1933, funcionário do Instituto de Açúcar e do Álcool (IAA). Estudou na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1937 e continuando a carreira de servidor público. Foi Delegado Regional do IAA, nomeado por Barbosa Lima Sobrinho. Arraes iniciou sua carreira política em 1948, ocupando o cargo de secretário estadual da Fazenda, durante o governo de Barbosa Lima Sobrinho. Em 1950, elegeu-se deputado estadual. Em 1958, conquista novamente uma vaga na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Em 1959, foi secretário da Fazenda no governo de Cid Sampaio e prefeito da cidade do Recife.
Em 1962, Arraes foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco, porém não concluiu o mandato sendo deposto pelo Golpe Militar. Teve passagens por algumas prisões brasileiras, seguindo para a Argélia em 25 de maio de 1965. Após 14 anos de exílio, voltou ao Brasil beneficiado pela anistia. Foi eleito deputado federal em 1982 e, em 1986, elegeu-se mais uma vez governador de Pernambuco. Em 1990, foi novamente deputado federal. Em 1994, voltou ao governo de Pernambuco pela terceira vez. Em 2003, assumiu mais um mandato como deputado federal.
1999/2002 – 2003/2006
Jarbas de Andrade Vasconcelos Jarbas Vasconcelos nasceu no dia 23 de agosto de 1942, na cidade de Vicência, na zona da mata norte de Pernambuco. Filho de Carlindo de Moraes Vasconcelos e Áurea de Andrade Vasconcelos, Jarbas morou ainda, quando criança, em Aliança e Nazaré da Mata. Aos 7 anos, passou a viver com sua família – pais e oitos irmãos – no Recife. Na capital, Jarbas estudou nos colégios Pinto Júnior, João Barbalho e Moderno, até concluir os estudos secundários no colégio Padre Félix. Em 1964, após servir o Exército, Jarbas Vasconcelos entrou na Universidade Católica de Pernambuco, formando-se em 1968, como Bacharel em Direito. Ingressou como militante no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) quando ainda era estudante universitário. Em 1970, Jarbas Vasconcelos foi eleito Deputado Estadual. Quatro anos depois, tornou-se Deputado Federal. Em 1982 foi, mais uma vez, eleito Deputado Federal. Em 1985, foi eleito prefeito do Recife, sendo o primeiro prefeito da capital de Pernambuco a ser eleito pelo voto direto após o retorno da democracia ao país. Jarbas foi eleito prefeito novamente em 1993, ganhando as eleições no primeiro turno. Durante suas administrações, Jarbas Vasconcelos foi escolhido 15 vezes em votações nacionais como o melhor prefeito do Brasil. Os períodos de Jarbas Vasconcelos como administrador do Recife foram caracterizados pelo trabalho inovador com participação pública intensiva e por parcerias constantes com empresas privadas. Este modelo novo de administração mudou permanentemente a cara do Recife. Além de promover ações de infra-estrutura – pontes, túneis, canais, renovação urbana do centro da cidade e restauração de ruas – Jarbas deu atenção especial aos serviços sociais. Na área da saúde, por exemplo, o trabalho realizado com mães e bebês recém-nascidos reduziu a mortalidade infantil na capital de Pernambuco em 25%. Por este desempenho, Jarbas recebeu o título de “Amigo das Crianças”, da Unicef. Em outubro de 1998, Jarbas ganhou, no primeiro turno, a eleição para governador do Estado com 1.809.705 votos, obtendo uma diferença de mais de um milhão de votos sobre o segundo colocado. No total, Jarbas obteve 64,14% dos votos válidos de Pernambuco.
Em 1º de janeiro de 1999, Jarbas Vasconcelos assumiu o cargo de governador de Pernambuco, sendo reeleito, em 2002, com 60,4% dos votos válidos do estado.
2007/2010
Eduardo Campos
Nascido no Recife em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos entrou na faculdade aos 16 anos e formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco aos 20 como aluno laureado e orador da turma. Eduardo Campos começou sua militância política ainda na Universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia, em 1985. Em 1986, Eduardo trocou a possibilidade de um mestrado nos EUA pela participação na campanha que levou Miguel Arraes de volta ao Palácio das Princesas, tornando-se chefe de gabinete. Iniciava-se uma carreira que o consagraria com um dos mais brilhantes políticos de sua geração. Como chefe de gabinete do governador Miguel Arraes, participou diretamente da criação da primeira secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste, em 1987, e, em 1989, da primeira Fundação de Amparo à Pesquisa da Região, a FACEPE. Entrou para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 1990 e conquistou pelo partido seu primeiro mandato, deputado estadual. Na Assembléia Legislativa de Pernambuco, foi líder e um dos mais destacados parlamentares da bancada da oposição. Nessa época, num feito inédito para um deputado com pouco tempo de atividade, ganhou o Prêmio Leão do Norte, entregue pela Assembléia Legislativa aos parlamentares com atuação mais relevante. Transformando a Assembléia em uma tribuna para defender os interesses e os direitos da população, principalmente os das pessoas mais humildes, Eduardo também se sobressaiu como um político que unia as palavras à ação. Em um episódio de grande repercussão, enfrentou policiais que, armados com pistolas e cassetetes, pretendiam despejar de suas casas habitantes de uma das mais miseráveis favelas da Imbiribeira, no Recife. Muita gente ficou ferida, ele também, mas a ação foi contida. Lutava-se pelo direito elementar à moradia. Eduardo Campos chegou ao Congresso Nacional em 1994, eleito com 133 mil votos, ficando à disposição do Governo do Estado de Pernambuco a partir de 1995, para exercer o cargo de secretário do Governo e, em 1996, o de secretário da Fazenda. Como secretário da Fazenda, criou a vitoriosa campanha Todos com a Nota, que deu grande impulso à cultura e ao futebol pernambucano e ainda elevou a arrecadação de tributos no Estado para níveis jamais alcançados. Na Secretaria da Fazenda, como fizera antes na de Governo, também participou de várias iniciativas importantes na área de Ciência e Tecnologia e apoiou o trabalho da Fundação de Amparo à Pesquisa. Em 1998, foi reeleito para a Câmara Federal como o deputado federal mais votado do Estado. Obteve 225 mil votos. Exercendo o terceiro mandato de deputado federal, conquistado em 2002, Eduardo destacou-se no Congresso Nacional como um dos principais articuladores do governo Lula para a aprovação das reformas da Previdência e Tributária. Em todos os mandatos de deputado federal recebeu destaque na avaliação do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), mantendo-se na lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso por três anos consecutivos. No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, Eduardo Campos participou de várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (NIKE/CBF). Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de menores brasileiros para o exterior fato que, inclusive, teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional. Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente tem natureza suprapartidária e representa, em toda a história do País, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor. Eduardo é também autor de vários projetos de lei. Entre eles, o que prevê um diferencial no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para as cidades brasileiras que possuem acervo tombado pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Artístico Nacional); o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o seqüestro relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes. Em 2003, Eduardo Campos foi empossado ministro de Ciência e Tecnologia. Em sua gestão, o MCT deixou de ser um órgão restrito aos interesses das comunidades científicas e acadêmicas e se transformou em um mecanismo capaz de colocar os conhecimentos dos cientistas à disposição da sociedade. Pernambuco foi um dos maiores beneficiados pela atuação do ministro, que sempre aproveitou todos os programas lançados e financiados pelo MCT para encaixar um município ou uma região do Estado, visando melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos. Como ele mesmo costuma dizer, “nunca perco uma oportunidade de puxar a brasa para a sardinha de Pernambuco”. Entre os benefícios trazidos para o Estado, figuram as usinas de biodiesel em Pesqueira, Caetés (e, dentro em breve, em Serra Talhada); a interiorização do ensino superior gratuito com a instalação de campus de universidades federais em Caruaru, Garanhuns e Petrolina. Espalhadas por várias regiões pernambucanas, existem também, entre outras iniciativas do ministério, os Centros de Inclusão Digital (com cursos básicos de informática), Centros de Vocação Tecnológica (para a apoiar trabalhadores e economias regionais) e os Arranjos Produtivos Locais (visando estimular as vocações de centros produtores pernambucanos). Como Ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos também tomou iniciativas que repercutiram até no plano internacional, como a articulação e aprovação do programa de Biossegurança, que permite a utilização de células tronco embrionárias para fins de pesquisa. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Em 2005, Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do PSB. A solenidade de posse no cargo foi uma expressiva demonstração de que ele é hoje uma das principais referências da política brasileira. Após seu discurso, Eduardo foi aplaudido de pé pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, José Alencar; seis ministros, os presidentes nacionais de vários partidos e outras lideranças.
No início 2006, Eduardo se licenciou da presidência nacional do PSB para concorrer ao Governo do Estado pela Frente Popular de Pernambuco. No dia 29 de outubro deste mesmo ano, foi eleito governador.