:::::::::::::: MEMORIAL PERNAMBUCO :::::::::::::: A História, a Cultura e a Arte de Pernambuco para o Mundo! ::::::::::::::

Dupla de emboladores. José Albertino da Silva, o Caju – São Lourenço, PE – 1963 José Roberto da Silva, o Castanha – São Lourenço, PE – 1965 Ricardo Alves da Silva, o Caju II Na adolescência mudaram-se para Recife. Caju aos 18 anos e Castanha com 16 começaram a carreira.

José Albertino da Silva, o Caju – São Lourenço, PE – 1963 José Roberto da Silva, o Castanha – São Lourenço, PE – 1965 Ricardo Alves da Silva, o Caju II

Na adolescência mudaram-se para Recife. Caju aos 18 anos e Castanha com 16 começaram a carreira artística apresentando um programa de rádio e um de televisão em Recife. Foram considerados por Luiz Gonzaga e Zé Ramalho como “Os pequenos mestres do repente”. Em 1980, lançaram o primeiro disco. Cantam, entre outros gêneros, a embolada, gênero típico do Nordeste. Em fins dos anos de 1990, fizeram apresentações na festa de Folia de Reis de Alto Belo em Minas Gerais. Em 1992, lançaram disco interpretando cocos e emboladas. No mesmo ano, estiveram no programa Faustão da TV Globo, interpretando composição de Teo Azevedo, falando sobre a corrupção no governo Collor. Com amorte de José Albertino da Silva, seu lugar na dupla, inclusive com o mesmo no artístico de Caju, foi ocupado por Ricardo Alves da Silva, um sobrinho dos irmãos. Em 2002 a dupla lançou pela Trama o CD “Andando de coletivo”, no qual interpretam, entre outras, o trava-língua “Corínthians x São Paulo”, “Desafio de Castanha e Caju” e “Menina diet”, todas de autoria da dupla. A faixa “DNA” contou com a participação do cantor Falcão.

Falar de Caju e Castanha é sempre motivo de alegria e satisfação. Primeiro porque da fruta tudo se aproveita a Castanha assada é alimento forte, tipo exportação e o Caju é o fortificante do povão, desde o tempo da escravidão.

Conhecemos esses pernambucanos de ouro ainda adolescentes cantando emboladas em cima de caixotes na Praça do Diário em Recife, em vez de pandeiro eles tocavam em latas de doce, emocionavam a todos.

O tempo foi passando e Caju e Castanha amadureceram, conquistaram o Brasil e suas emboladas ultrapassaram nossas fronteiras. Na década de oitenta convidamos os dois para inúmeras apresentações em São Paulo, desde programas de rádio até festas folclóricas na praça pública e palestras em faculdades.

Aprendemos muito com Caju e Castanha, aliás continuamos aprendendo. Os dois são verdadeiros representantes do folclore nordestino, quando ouvimos suas emboladas, canções e poesias sentimos o sabor da Terra Pernambucana, são revolucionários.
Sentimos profundamente a passagem em 2001 do nosso querido Caju (O Mano Velho) para outra dimensão.

Mas como o cajueiro é um verdadeiro símbolo da resistência nordestina (tanto é que o maior deles se encontra no nordeste) suas raízes não param de crescer. Castanha (José Roberto da Silva) tem um novo Caju como companheiro, o sobrinho Ricardo Alves da Silva.

Temos plena certeza que continuarão fiéis aos ideais da família Silva de Vitória de Santo Antão – PE (Cristina Ramalho)