A capela de Boa Viagem foi construída pelo Pe. Leandro de Carvalho nas terras doadas por Baltazar da Costa Passos e sua esposa, em 6 de janeiro de 1707, sob a invocação de Maria Santíssima, mandando fazer uma imagem com o título de Boa Viagem para que os pescadores, nas viagens pelos mares tivessem os sucessos almejados. Por volta de 1906 o bairro já possuía cerca de 60 casas, mas o progresso só chegou com a construção da Av. Beira Mar em 1924.
A foto ao lado mostra como era Boa Viagem no começo do século 20. Com a Segunda Guerra Mundial e ampliação dos transporte aéreo, no vizinho aeroporto dos Guararapes, o bairro teve um novo surto de progresso, com o novo hábito de “pegar a praia”, na década de 40.
A foto acima, tirada na direção do sul, mostra a atual Avenida Herculano Bandeira, no Pina, a Igreja do Pina e aos fundos, o que iria ser Boa Viagem.
Para ir a Boa Viagem tinha que pegar um bonde, atravessar a antiga ponte do Pina, que deixava o pessoal em plena avenida, à beira mar. Ali, a mão era dupla, com os bondes indo até o circular e dali voltando.
Cena típica da década de 40, na Avenida Beira Mar, as lotações, a confusão do trânsito.
Boa Viagem vista do mar, com as residências das famílias de classe média da época.
Duas fotos impressionantes de um bar-restaurante conhecido como Castelinho, em dois momentos diferentes (década de 40 e década de 70) que está preservado até hoje, graças à Prefeitura do Recife que não permitiu a destruição deste símbolo de Boa Viagem.
Um grande símbolo de Boa Viagem destruída pela gana dos mercantilistas: A Casa Navio foi construída pelo empresário Adelmar da Costa Carvalho em 1940, equipada com sala de reuniões, cinema, salão de jogos, restaurante e até uma cabine de comando completa. Nela se hospedaram governadores, ministros nacionais e estrangeiros e até o presidente John Kennedy, demolida em 1981 para dar lugar a um edifício.
