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Alexandre Santos apresenta moção de protesto contra decisão do prefeito João Paulo de vetar lei de valorização do escritor pernambucano

Na 5ª feira passada, dia 13 de junho, por ocasião da reunião do conselho do Sistema de Incentivo a Cultura, o escritor Alexandre Santos, presidente da Academia de Letras e Artes do Nordeste, apresentou uma moção de repúdio contra a decisão do prefeito do Recife, João Paulo, de vetar o projeto de lei que obrigaria as livrarias instaladas no Recife a manter nas prateleiras, pelo menos, 5% de livros de autores nordestinos e, destes, 50% de autores pernambucanos. “Não é vetando uma lei deste tipo que o prefeito incentiva a literatura em nossa terra”, disse o escritor, que representa a UBE naquele conselho. 

Depois que a Mesa Redonda sobre o livro e o autor pernambucano realizada em 18 de maio, sob a coordenação do presidente da Academia de Letras e Artes do Nordeste, o romancista Alexandre Santos, proclamou que a livraria Siciliano não tem nenhum compromisso com a cultura local, sendo prejudicial aos escritores do Estado, muitos autores locais acrescentaram novas informações sobre descasos daquela livraria, confirmando o acerto da conclusão. O péssimo tratamento dado pela livraria Siciliano aos escritores pernambucanos, inclusive atrasando pagamentos, foi um dos destaques da Mesa Redonda, que elogiou a postura das livrarias Saraiva e Cultura. 

O escritor Waldênio Porto, presidente da Academia Pernambucana de Letras, manifestou seu apoio a indignação contra a livraria Siciliano manifestada pela Mesa Redonda sobre o livro e o autor pernambucano realizada em 18 de maio, sob a coordenação do romancista Alexandre Santos,e lembrou que desde o ano passado denunciara o assunto, por ocasião da abertura do I Congresso das Academias de Letras do Nordeste por ocasião da V Bienal Internacional do Livro, ocorrida em Recife. Naquela ocasião, o presidente Waldênio Porto denunciou o colonialismo cultural que se pretende impor ao Nordeste do país, co-responsabilizando livrarias e editoras pelo desrespeito ao povo da região, tendo citado explicitamente as livrarias Sodiler e Siciliano (CLIQUE AQUI E VEJA A ÍNTEGRA DO PRONUNCIAMENTO). Os escritores pernambucanos já cogitam organizar um boicote comercial contra a livraria Siciliano.

Presidentes de entidades literárias se preparam para pedir ao prefeito João Paulo que resista lobby das livrarias e sancione a lei de valorização do autor nordestino

Liderados pelo escritor Waldênio Porto, presidente da Academia Pernambucana de Letras e diretor Cultural do Centro de Estudos do Nordeste, os presidentes das principais entidades literárias baseadas no Recife, incluindo a Academia de Letras e Artes do Nordeste, União Brasileira de Escritores e Academia Recifense de Letras, estão se programando para visitar o prefeito João Paulo para pedir a aprovação da Lei que obriga as livrarias da cidade do Recife a reservar 5% do espaço para exposição de obras escritas por autores pernambucanos e nordestinos. 

Os escritores pernambucanos esperam que o prefeito João Paulo resista ao lobby das editoras e livrarias sudestinas e sancione a Lei de Valorização do Livro e do Autor Nordestinos, de autoria do vereador Daniel Coelho.

Agora irá ao Executivo para sanção. Dispõe sobre a obrigatoriedade de as livrarias disponibilizarem aos seus clientes uma cota mínima de 5% de obras nordestinas (metade das quais, 2,5%, de títulos paranambucanos). 

Acredito que o Prefeito João Paulo não irá vetá-lo, pois irá compreender a dimensão e simbologia desta Lei, a qual impedirá que livrarias do Recife se neguem a comercializar o produto local. 

De qualquer forma, é bom que nos mostremos atentos à tramitação deste PL.
abraços a todos, Jacques Ribemboim.