Transatlântico é sequestrado no alto mar e aporta no Recife!
Há 45 anos atrás, em 23 de janeiro de 1961, o capitão Henrique Galvão comandou o seqüestro do transatlântico português Santa Maria, com 871 pessoas a bordo, entre tripulação e passageiros. O líder da oposição política portuguesa, o general Humberto Delgado, estava refugiado no Brasil.
Ele, rapidamente, pediu aos governantes da França e da Inglaterra para não interferirem na ação, já que era um assunto estritamente português.
Por outro lado, o governo português pediu socorro também para a Inglaterra e para os EUA. Mas de qualquer forma, o objetivo de Galvão foi alcançado: chamar a atenção mundial para os problemas políticos que assolavam Portugal, que os anti-salazaristas não eram poucos e que queriam a democracia.
O próprio Galvão foi expulso do exército por não concordar com a ditadura imposta por Salazar, tornando-se assim o braço direito de Delgado, que tinha sido exilado.
O Santa Maria havia largado de Lisboa a 9 de Janeiro de 1961 em mais uma das suas viagens regulares à América Central, fazendo escala no porto venezuelano de La Guaira no dia 20.
Entre os passageiros embarcados neste porto, contava-se um grupo de 20 membros da DRIL – Direcção Revolucionária Ibérica de Libertação, organismo constituido por opositores aos regimes de Franco e Salazar, cujo comandante era o capitão Henrique Galvão, que embarcou clandestinamente no “Santa Maria” um dia depois, em Curaçau, com mais três elementos da DRIL.
No dia 2 de Fevereiro o Santa Maria fundeou no porto brasileiro do Recife, procedendo ao desembarque dos passageiros e tripulantes.
Chegou a ser considerado o afundamento do paquete, mas no dia seguinte os rebeldes entregaram-se às autoridades brasileiras, obtendo asilo político, ao mesmo tempo que o “Santa Maria” voltava à posse da Companhia Colonial de Navegação.
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