:::::::::::::: MEMORIAL PERNAMBUCO :::::::::::::: A História, a Cultura e a Arte de Pernambuco para o Mundo! ::::::::::::::

Rara foto do Graf Hindenburg atracado na Alemanha.
Visitou o Recife 2 vezes antes do seu incêndio nos Estados Unidos.

Esse foi o grande navio aéreo, magnífico produto da tecnologia alemã, que veio visitar o Recife a partir de 1930, antes de ser estabelecida a linha regular, por dirigível, que ligava a capital do Brasil a Friedrichafen, Alemanha, duas ou três vezes por mês, trazendo passageiros, a mala postal, carga, inclusive os rolos de filmes dos jornais cinematográficos americanos.

119 zepelins foram construídos de 1900 a 1938 pela empresa Zeppelin Luftschifftechnik GmbH, fundada pelo conde Ferdinand Graf von Zeppelin (1838-1917) no final do século XIX. O primeiro zepelim, o LZ 1, voou no dia 2 de julho de 1900. 

O LZ 127 Graf Zeppelin tinha 230 metros de comprimento, 30,50 metros de diâmetro, altura 33,50 metros. Com capacidade para 20 passageiros mais bagagem, poderia navegar 10.000 quilômetros sem aterrissar. Sem carga poderia navegar 14.000 quilômetros. Pesava 55 mil quilos. Sua tripulação era de 26 homens. Era o 117º dirigível construído desde 1900 (não vamos esquecer que quem inventou o primeiro dirigível foi Santos Dumont!). 

Para a viagem ao Brasil o Graf Zeppelin fora dotado de novas hélices que permitiam um aumento de velocidade. De 68 subia para 85 milhas. Cruzaria os ares da península Ibérica e do Atlântico, navegando de Sevilha ao Rio, em 3 ou 4 dias. 

O LZ 129 Graf Hindenburg que foi projetado para ser um transatlântico de luxo, começou a ser construído em 1931 e finalizado em 1936. Suas dimensões eram colossais e até hoje é considerado o maior objeto voador já fabricado pelo homem. Tinha 245 m de comprimento e era impulsionado por quatro motores diesel Daimler-Benz de 1.100 hp cada. Alcançava a velocidade de 135 km/h e tinha uma autonomia de 14.000 km. Elevava-se ao ar graças a 200.000 m3 de hidrogênio ou 18 toneladas.

Podia transportar 50 passageiros, tinha cabines, um bar, sala de jantar, lugar para caminhar, assim como grandes janelas panorâmicas e sala de estar.

Fica no bairro do Jiquiá, em Recife, a única torre de atracação do Zeppelins no mundo. Está em processo de deterioração graças ao descaso dos órgãos estaduais e municipais (Recife e Pernambuco) com vários projetos de recuperação estão engavetados. 

A torre encontra-se deteriorada e coberta pelo mato. O piso de madeira das duas plataformas está destruído e a ferragem mostra sinais de corrosão (*).

Na noite chuvosa de 6 de maio de 1937, quando o LZ 129 “Hindenburg” se aproximava do solo em Lakehurst, Nova York, iniciou-se um incêndio na aeronave, transformando-a rapidamente em uma imensa bola de fogo no céu de Nova York. 

Dos 97 passageiros a bordo, 35 morreram. Uma pessoa que auxiliava a atracação da aeronave no solo também morreu. Das que morreram, 27 pularam do dirigível em chamas e 8 foram queimadas pelo óleo diesel proveniente dos tanques do dirigível.

Veja as fotos do interior do Zeppelin, um verdadeiro transatlântico do ar (e assim era considerado), que transportava evidentemente a elite da época, com muito luxo e conforto. Todos elogiavam a tranquilidade da viagem em contraste com os solavancos dos aviões da época (e de hoje também). O seu bojo constava de dezesseis células de gás presas na estrutura de duralumínio com capacidade de acumular 94 mil metros cúbicos de gás hidrogênio para sustentação de uma carga útil de 30 toneladas do dirigível. A estrutura era constituída de vinte e seis anéis interligados para dar a forma de um fuso arredondado.

Se você não concorda com o estado de abandono da Torre de Atracação dos Zeppelins no Jiquiá, mande email protestando para os governantes abaixo (basta clicar ou copiar email), citando a nossa página:
Presidente da República e/ou 
Ministro da Cultura e/ou cgm@minc.gov.br
Governador de Pernambuco e/ou webmaster@pe.gov.br
Prefeito do Recife e/ou comunicacao@recife.pe.gov.br

Se quiser falar conosco clique aqui.

Como cidadão brasileiro e preocupado com a conservação, resgate, preservação e manutenção do patrimônio cultural e artístico nacional, venho protestar contra o estado de abandono em que se encontra a única torre de atracação de dirigíveis (Zeppelins) existente no mundo, situada no bairro do Jiquiá, na cidade do Recife, Pernambuco, embora inúmeros projetos tenham sido desenvolvidos porém todos engavetados por falta de interesse com a nossa história e memória pública.