![]() – Filho meu não é para ser guardado no caritó. Não criei filho para ser desmoralizado. |
Cangaço um modo de vida
Vale a pena, antes de entrarmos a fundo na história de Lampião, darmos uma passada rápida sobre alguns hábitos dos cangaceiros, quase todos voltados para maior eficiência em seu ofício e para a garantia de sua sobrevivência. Durante a primeira fase de Lampião, por exemplo, ele aprendeu muito com Sinhô Pereira, e quando mais tarde assumiu o grupo, introduzindo novas técnicas de luta, como rapidez de fogo com o rifle “peado”. Essa operação consistia em amarrar um lenço ou um pedaço de correia na alavanca da arma, de forma que ficasse obstando a ponta do gatilho, exatamente no ponto em que faz desarmar o rifle. Assim preparado, a única demora no uso da arma é para carregar. É só acionar alavanca e as detonações se sucedem, com a velocidade dos tiros dependendo apenas da habilidade de quem executa a manobra, chegando a parecer uma metralhadora. Ninguém conseguia fazer isso com a infernal habilidade de Lampião, seu inventor. Lampião também introduziu novas atividades, como a exigência de elevadas importâncias para liberação de reféns. Foi também nessa fase inicial que Lampião determinou a divisão do bando em grupos menores que agiam independentemente e em locais distante uns dos outros. Isso trazia muita confusão para quem estivesse perseguindo Lampião, pois nunca se sabia exatamente onde ele estava. Qualquer ato praticado por qualquer um desse grupo era automaticamente atribuído ao Rei do Cangaço estivesse ele presente ou não. Segundo depoimentos de contemporâneos de Lampião, todos são unânimes ao afirmar que os cangaceiros tinham um rígido comportamento em questões morais, especialmente aqueles dirigidos por Lampião. Eram também extremamente religiosos e muito supersticiosos, parte de sua herança cultural e familiar. Respeitavam a figura dos padres, de forma geral, e de padre Cícero em especial. Em várias ocasiões deixaram de assaltar casas apenas porque tinha imagens do padre Cícero. Um pedido de padre Cícero era uma ordem, e a simples invocação de seu nome salvou muitas vidas. Quase todos os cangaceiros carregavam patuás e rezas fortes, embrulhadas em saquinhos de pano junto ao corpo acompanhadas de santos de sua devoção. O cangaceiro Balão nos contou que sua mãe o avisara que nunca deveria se casar, para conservar o corpo fechado, e que jamais deveria tomar banho de mar, para não ficar desprotegido. Tais recomendações só foram abandonadas por ele muitos anos após ter deixado a vida cangaceira. Balão tinha também uma história introduzida em seu braço, o que, segundo ele, protegia e mantinha seu corpo fechado. Balão faleceu no dia 13 de junho de 1992, às 9:00 de um sábado, em Itaquaquecetuba, São Paulo. Na segunda fase de Lampião ele procurou acompanhar o progresso, utilizando-se de facilidades à medida que iam surgindo. Sempre que possível passou a usar carros, lanternas e pilhas, garrafas térmicas e telefones. Deixou-se fotografar e filmar, assim como a seu grupo, pelo árabe Benjamin Abraão Botto. Esta foi uma decisão muito feliz, pois possibilitou o registro histórico do bando, de onde tiramos uma visão muito exata de como viviam, com se trajavam e como se aramavam os grupos por ele comandados. Através dessas fotos e desses filmes temos a oportunidade de conhecer os personagens da história do cangaço. Ao contrário do que afirmam alguns escritores os cangaceiros bebiam à larga, às vazes com conseqüências fatais, e também fumavam. Entres os pertences de Lampião havia uma pequena peça feita de couro, onde ele levava fumo picado e papel de seda para confecção de cigarros, que ele mesmo fazia com habilidade e perfeição. As mulheres, a partir de quando passaram a integrar os grupos de cangaceiros, seguiam o mesmo padrão geral dos homens. Os bailes passaram, então, a contar com sua presença, além de outras “damas” convocadas para fazer companhia aos solteiros. Lampião ao final dos bailes, dava uma certa importância ás “damas” para comprarem perfume, isso para compensar o “mau cheiro” dos cangaceiros. Era o pagamento pelo seu “trabalho”. Como em todas comunidade, aconteceram casos de infidelidade, embora em raras ocasiões. Estranhamente, as mulheres sempre pagaram a traição com sua próprias vidas. Tivemos os exemplos de Lídia, mulher de Zé Baiano, Lili, de Moita Brava, Cristina de Português, entre outros. Aos homens infiéis nada acontecia. Lampião tinha também o hábito de utilizar bilhetes para solicitar “contribuições espontâneas”. Se era atendido não havia conseqüências. Em caso de negativa ou de resposta atrevidas a conduta era outra… tomavam-nas à força. Parte dessas “contribuições”, algumas vezes, era utilizada para ajudar famílias necessitadas. |
Táticas de Lutas Lampião foi considerado, até por seus inimigos, o “General do Sertão”. Era grande estrategista, sempre inovando e surpreendendo seus inimigos. Um dos exemplos foi o combate de Serra Grande, no ano de 1926, quando enfrentou enorme força militar equipada com armamento modernos tais como duas metralhadoras e, ainda assim, obteve memorável vitória. Já no ano seguinte, em ato de enorme ousadia, atacou a cidade de Mossoró. Apesar de ter quinhentos soldados sob o comando do major Moisés Fiqueiredo em seu encalço, conseguiu romper o cerco e salvar seus companheiros. Os cangaceiros, sempre que possível, evitavam combater. Mas quando o confronto era inevitável, tinham como objetivo fazer com que a luta fosse breve. Normalmente Lampião ia ordenando que os companheiros fossem se retirando, deixando alguns para fazer a cobertura. Combinava antecipadamente o local de encontro, e ao chegar ao ponto de reunião dava uma descarga com seu revolver, avisando aos que ainda estavam dispersos. Ou estão se utilizava de um apito que viçava amarrado a uma fina tira de couro e preso na cintura que sustentava o cantil. O trilar desse apito tanto significava o chamado para se agruparem como o aviso de debandada. São famosas as determinações para as retaguardas, utilizadas em muitos casos. Por exemplo, um grupo de cangaceiros deixava o local da luta e contornava os inimigos, atacando-os pelas costas. Essas táticas jamais falhou. Foi o que fizeram no episódio da morte do “Bigode de Ouro”. O melhor comandante de retaguarda que Lampião teve foi Antônio Ferreira, seu irmão. Alguns vezes, cansados de serem perseguidos e atacados, os cangaceiros invertiam os papéis. Rasteavam e atacavam as volantes que os perseguiam. Como exemplo temos a emboscada preparada por Lampião na fazenda Mandacaru,município de tucano, em 1930, vitimando a volante comandada pelo tenente Geminiano José dos Santos, da Bahia, e pelo sargento José de Miranda Matos, ocasião em que morreram estes dois oficiais e mais sete soldados. Eram astutos, como quando Lampião no Tanque do Touro, utilizou chocalhos para que os soldados comandados pelo tenente Arsênio pensassem tratar-se de animais que se aproximavam do bebedouro. Ou, para evitar perseguições, cuidavam de esconder os rastros, fazendo-o com tanta mestria que nem o mais atilado dos rastejadores conseguia encontrar qualquer vestígio. Para isso tomavam diversos cuidados. Andavam em fila indiana, com todos pisando na mesma pegada, o que dava a impressão de que havia uma só pessoa. Ou andavam em fila e o último cangaceiro ia apagando os rastros, utilizando galhos folhudos. Sempre que possível andavam sobre as pedras ou dentro de riachos, saindo todos num mesmo local. Ou, então quando caminhavam em trilhas, pulavam um a um dos lados do caminho, voltando para um ponto pré- determinado, escondendo-se e atacando quem os perseguia. Um assunto bastante polêmico é o tão comentado uso de alpercatas com o calcanhar para a frente. A verdade é que Lampião mandou confeccionar algumas alpercatas assim, com o acalcanhar colocado na parte de frente do calçado, para utilização eventual. Não eram calçados de uso diário. Isso fazia com que os soldados pensassem que estavam indo em direção contrária ao rumo tomado. Não abandonavam mortos ou feridos, deixando-os para trás em raríssimos casos, mesmo assim só se fosse de extrema necessidade. Faziam o possível e o impossível para que tal nunca acontecesse. Só atiravam quando tinham certeza de que poderiam atingir o inimigo, já que era muito difícil conseguir munição. Dizem que a certeza era tanta que em muitos casos, ao atirar, alguns cangaceiros diziam: “Deus te chama”. Lutavam cantando, pulando e insultando os inimigos, procurando abalar psicologicamente seus adversários. Também tinham o hábito de imitar animais e pássaros. Eram seres humanos aguerridos e valente, mas também astutos e ardilosos e sempre hábeis em aprender novos truques. Aracaju Magazine: 1ª Quinzena de Setembro de 2003 / Por: Vera Ferreira (in http://www.aracaju.com/pagina.php?obj=cultura&var=712) Entrevista Lampião, durante sua visita a Juazeiro do Norte, para onde se dirigira a convite do padre Cícero Romão, para integrar o Batalhão Patriótico no combate à coluna Prestes, foi entrevistado pelo médico de Crato, Dr. Octacílio Macêdo. Naquela ocasião, como dissemos anteriormente, Lampião estava hospedado no sobrado de João Mendes de Oliveira e, durante a entrevista, foi várias vezes à janela, atirando moedas para o povo que se aglomerava na rua. Essa entrevista é considerada pelos historiadores como peça fundamental no estudo e no conhecimento do fenômeno do cangaço. Vale a pena transcrever seus trechos mais importantes, atualizando a linguagem e traduzindo os numerosos termos regionais para a linguagem de hoje. A entrevista teve dois momentos. O primeiro foi travado o seguinte diálogo: – Que idade tem? – Vinte e sete anos. – Há quanto tempo está nesta vida? – Há nove anos, desde 1917, quando me ajuntei ao grupo do Senhor Pereira. – Não pretende abandonar a profissão? A esta pergunta Lampião respondeu com outra: – Se o senhor estiver em um negócio, e for se dando bem com ele, pensará porventura em abandoná-lo? Pois é exatamente o meu caso. Porque vou me dando bem com este “negócio”, ainda não pensei em abandoná-lo. – Em todo o caso, espera passar a vida toda neste “negócio”? – Não sei… talvez… preciso porém “trabalhar” ainda uns três anos. Tenho alguns “amigos” que quero visitá-los, o que ainda não fiz, esperando uma oportunidade. – E depois, que profissão adotará? – Talvez a de negociante. – Não se comove a extorquir dinheiro e a “variar” propriedades alheias? – Oh! mas eu nunca fiz isto. Quando preciso de algum dinheiro, mando pedir “amigavelmente” a alguns camaradas. Nesta altura chegou o 1° tenente do Batalhão Patriótico de Juazeiro, e chamou Lampião para um particular. De volta avisou-nos o facínora: – Só continuo a fazer este “depoimento” com ordem do meu superior. (Sic!)
– E quem é seu superior? Sobre os grupos a que pertenceu: – Já pertenci ao grupo de Sinhô Pereira, a quem acompanhei durante dois anos. Muito me afeiçoei a este meu chefe, porque é um leal e valente batalhador, tanto que se ele ainda voltasse ao cangaço iria ser seu soldado. Sobre suas andanças e seus perseguidores: – Tenho percorrido os sertões de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, e uma pequena parte do Ceará. Com as polícias desses estados tenho entrado em vários combates. A de Pernambuco é disciplinada e valente, e muito cuidado me tem dado. A da Paraíba, porém, é uma polícia covarde e insolente. Atualmente existe um contingente da força pernambucana de Nazaré que está praticando as maiores violências, muito se parecendo com a força paraibana. Referindo-se a seus coiteiros, Lampião esclareceu: – Não tenho tido propriamente protetores. A família Pereira, de Pajeú, é que tem me protegido, mais ou menos. Todavia, conto por toda parte com bons amigos, que me facilitam tudo e me consideram eficazmente quando me acho muito perseguido pelos governos. – Se não tivesse de procurar meios para a manutenção dos meus companheiros, poderia ficar oculto indefinidamente, sem nunca ser descoberto pelas forças que me perseguem. – De todos meus protetores, só um traiu-me miseravelmente. Foi o coronel José Pereira Lima, chefe político de Princesa. É um homem perverso, falso e desonesto, a quem durante anos servi, prestando os mais vantajosos favores de nossa profissão. A respeito de como mantém o grupo: – Consigo meios para manter meu grupo pedindo recursos aos ricos e tomando à força aos usuários que miseravelmente se negam de prestar-me auxílio. Se estava rico? – Tudo quanto tenho adquirido na minha vida de bandoleiro mal tem chegado para as vultuosas despesas do meu pessoal – aquisição de armas, convindo notar que muito tenho gasto, também, com a distribuição de esmolas aos necessitados. A respeito do número de seus combates e de suas vítimas disse: – Não posso dizer ao certo o número de combates em que já estive envolvido. Calculo, porém, que já tomei parte em mais de duzentos. Também não posso informar com segurança o número de vítimas que tombaram sob a pontaria adestrada e certeira de meu rifle. Entretanto, lembro-me perfeitamente que, além dos civis, já matei três oficiais de polícia, sendo um de Pernambuco e dois da Paraíba. Sargentos, cabos e soldados, é impossível guardar na memória o número dos que foram levados para o outro mundo. Sobre as perseguições e fugas deixou claro: – Tenho conseguido escapar à tremenda perseguição que me movem os governos, brigando como louco e correndo rápido como vento quando vejo que não posso resistir ao ataque. Além disso, sou muito vigilante, e confio sempre desconfiando, de modo que dificilmente me pegarão de corpo aberto. – Ainda é de notar que tenho bons amigos por toda parte, e estou sempre avisado do movimento das forças. – Tenho também excelente serviço de espionagem, dispendioso mas utilíssimo. Seu comportamento mereceu alguns comentários bastante francos: – Tenho cometido violências e depredações vingando-me dos que me perseguem e em represália a inimigos. Costumo, porém, respeitar as famílias, por mais humildes que sejam, e quando sucede algum do meu grupo desrespeitar uma mulher, castigo severamente. Perguntado se deseja deixar essa vida: – Até agora não desejei, abandonar a vida das armas, com a qual já me acostumei e sinto-me bem. Mesmo que assim não sucedesse, não poderia deixá-la, porque os inimigos não se esquecem de mim, e por isso eu não posso e nem devo deixá-los tranquilos. Poderia retirar-me para um lugar longinguo, mas julgo que seria uma covardia, e não quero nunca passar por um covarde. Sobre a classe da sua simpatia: – Gosto geralmente de todas as classes. Aprecio de preferência as classes conservadoras – agricultores, fazendeiros, comerciantes, etc., por serem os homens do trabalho. Tenho veneração e respeito pelos padres, porque sou católico. Sou amigo dos telegrafistas, porque alguns já me tem salvo de grandes perigos. Acato os juizes, porque são homens da lei e não atiram em ninguém. – Só uma classe eu detesto: é a dos soldados, que são meus constantes perseguidores. Reconheço que muitas vezes eles me perseguem porque são sujeitos, e é justamente por isso que ainda poupo alguns quando os encontro fora da luta. Perguntado sobre o cangaceiro mais valente do nordeste: – A meu ver o cangaceiro mais valente do nordeste foi Sinhô Pereira. Depois dele, Luiz Padre. Penso que Antonio Silvino foi um covarde, porque se entregou às forças do governo em consequência de um pequeno ferimento. Já recebi ferimentos gravíssimos e nem por isso me entreguei à prisão. – Conheci muito José Inácio de Barros. Era um homem de planos, e o maior protetor dos cangaceiros do nordeste, em cujo convívio sentia-se feliz. Questionado sobre ferimentos em combate, contou: – Já recebi quatro ferimentos graves. Dentre estes, um na cabeça, do qual só por um milagre escapei. Os meus companheiros também, vários têm sido feridos. Possuímos, porém, no grupo, pessoas habilitadas para tratar dos ferimentos, de modo que sempre somos convenientemente tratados. Por isso, como o senhor vê, estou forte e perfeitamente sadio, sofrendo, raramente, ligeiros ataques reumáticos. Sobre ter numeroso grupo: – Desejava andar sempre acompanhado de numeroso grupo. Se não o organizo conforme o meu desejo é porque me faltam recursos materiais para a compra de armamentos e para a manutenção do grupo – roupa, alimentação, etc. Estes que me acompanham é de quarenta e nove homens, todos bem armados e municiados, e muito me custa sustentá-los como sustento. O meu grupo nunca foi muito reduzido, tem variado sempre de quinze a cinquenta homens. Sobre padre Cícero Lampião foi bem específico: – Sempre respeitei e continuo a respeitar o estado do Ceará, porque aqui não tenho inimigos, nunca me fizeram mal, e além disso é o estado do padre Cícero. Como deve saber, tenho a maior veneração por esse santo sacerdote, porque é o protetor dos humildes e infelizes, e sobretudo porque há muitos anos protege minhas irmãs, que moram nesta cidade. Tem sido para elas um verdadeiro pai. Convém dizer que eu ainda não conhecia pessoalmente o padre Cícero, pois esta é a primeira vez que venho a Juazeiro. Em relação ao combate aos revoltosos: – Tive um combate com os revoltosos da coluna Prestes, entre São Miguel e Alto de Areias. Informado de que eles passavam por ali, e sendo eu um legalista, fui atacá-los, havendo forte tiroteio. Depois de grande luta, e estando com apenas dezoito companheiros, vi-me forçado a recuar, deixando diversos inimigos feridos. A respeito de sua vinda ao Ceará: – Vim agora ao Cariri porque desejo prestar meus serviços ao governo da nação. Tenho o intuito de incorporar-me às forças patrióticas do Juazeiro, e com elas oferecer combate aos rebeldes. Tenho observando que, geralmente, as forças legalistas não têm planos estratégicos, e daí os insucessos dos seus combates, que de nada tem valido. Creio que se aceitassem meus serviços e seguissem meus planos, muito poderíamos fazer. Sobre o futuro Lampião mostrou-se incerto, apesar de ter planos: – Estou me dando bem no cangaço, e não pretendo abandoná-lo. Não sei se vou passar a vida toda nele. Preciso trabalhar ainda uns três anos. Tenho de visitar alguns amigos, o que não fiz por falta de oportunidade. Depois, talvez me torne um comerciante. Aqui termina a entrevista concedida por Lampião em Juazeiro. Na despedida Lampião nos acompanhou até a porta. Pediu nosso cartão de visita e acrescentou: – Espero contar com os “votos” dos senhores em todo tempo! – Que dúvida… respondemos. Como sabemos, Lampião, o “Rei do Cangaço”, não viveu o suficiente para ver todos seus planos concretizados. |
* Vera Ferreira é parente de Lampião |
(in http://www.infonet.com.br/lampiao/ele.htm) |