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Heroínas de Tejucupapo |
Uma batalha acontecida em Pernambuco, no século XVII, onde mulheres conseguiram expulsar os holandeses com água quente e pimenta, não é impossível de ser revivida. Em Tejucupapo, um pequeno distrito de Goiana, localizado a 60 km do Recife, cerca de 200 mulheres da região, se reúnem há anos para contar a história das suas heroínas numa apresentação teatral. O espetáculo, simples e didático, acontece sempre no último domingo de abril e serve com uma verdadeira aula de história e determinação. A encenação mostra a vida de mulheres que lutaram contra os invasores e contra o preconceito. A batalha das heroínas de Tejucupapo, como ficou conhecida, foi o marco inicial da decadência do período holandês e pela primeira vez contou com a presença feminina numa luta armada. Sem estrutura militar e sob o comando de duas mulheres, a pequena vila conseguiu expulsar os invasores. O espetáculo não pára de crescer e vem se firmando cada vez mais no cenário turístico de Pernambuco. |
Tejucupapo em festa
Um dos episódios mais interessantes da história da colonização brasileira aconteceu no litoral norte do Estado de Pernambuco, mais especificamente no distrito de Tejucupapo, município de Goiana. Nesta localidade, há 353 anos, as mulheres conseguiram a proeza de expulsar, com panelas de barro, água fervente com pimenta e utensílios de pesca, os invasores holandeses naquela que ficou conhecida como a Batalha de Tejucupapo. Não fosse a bravura e garra das mulheres da comunidade, Tejucupapo, a 63 km do Recife, não teria história para contar. E de amanhã até domingo, estará comemorando o feito com uma programação de festas que inclui realização de desfiles, missa, passeio ciclístico, shows noturnos e a tradicional representação do episódio da batalha feita por cerca de 300 mulheres da localidade. Há sete anos, os moradores do distrito realizam esta representação teatral em homenagem as suas heroínas do passado, entre elas Maria Quitéria, Maria Camarão, Maria Clara e Joaquina, assim lembradas pela população. Escondidas numa trincheira, elas atacaram jogando a mistura com pimenta sobretudo nos olhos dos inimigos. Para os tejucupapanos foi um episódio de tristeza e destruição, mas também de vitória, que merece ser comemorado e contado. Este ano o público esperado para a festa das “Heroínas de Tejucupapo” é de cerca de 8 mil pessoas, no alto da montanha onde ocorreu o conflito. Visitantes de várias cidades da região deverão conferir o evento, especialmente habitantes de Goiana, Recife e Olinda.
fonte: http://www2.uol.com.br/JC/_1999/2204/pol2204.htm
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Reduto de Tejucupapo. O Reduto de Tejucupapo localiza-se em terras da Propriedade Megaó de Cima, pertencentes ao Distrito de Tejucupapo, município de Goiana no Estado de Pernambuco. Possui as seguintes coordenadas Latitude: 007° 35′ 44,2″ Sul e Longitude: 034° 53′ 30,0″ Oeste.
Reduto que em 1646 resistiu a um ataque holandês, encetado por uma tropa de 600 homens que tentava tomar víveres da população. O local é referido como tendo sido em grande parte defendido por mulheres, pois a maior parte dos homens teria saído a fazer emboscadas à tropa holandesa que se aproximava. Buscavam, então os holandeses, não o ouro, mas a ‘maior riqueza’ de que dispunha a população: víveres, sobretudo a farinha de mandioca.A fome assolava a população do Recife e de Maurícia, onde estavam praticamente confinados os holandeses. Soldados, oficiais, comerciantes, artesãos, colonos de um modo geral, todos padeciam pela escassez de alimentos.Habituados aos produtos vindos da Holanda, ressentiam-se ainda mais com as dificuldades de acesso aos produtos da terra. A farinha de mandioca, que desde os tempos de Nassau escasseava, agora era um produto pelo qual valia a pena arriscar-se em combates.
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fonte: http://www.pe.gov.br/jornal/jor22/curta.htms |
Tejucupapo tin-tin por tin-tin Por Eduarda Ribeiro O fato histórico correu no século XVII, na cidade pernambucana de Goiana, no distrito de Tejucupapo (63 Km do Recife). Os invasores eram os holandeses que estavam isolados numa faixa de terra que ia de Itamaracá ao Recife, era a chamada Nova Holanda. A resistência pernambucana contra os holandeses resolveu isolar essa área, não permitindo a entrada de comida. As mulheres que lutaram com bravura ficaram conhecidas como As Heroínas de Tejucupapo. A notícia logo se espalhou pelo Brasil, e instigou novas batalhas contra os holandeses. Após Tejucupapo, em 1648 e 1649, aconteceu a Batalha dos Guararapes e, alguns anos depois, a expulsão total dos holandeses do Brasil. A vitória de Tejucupapo é um marco histórico, pois inicia a decadência do período holandês. Alguns historiadores a consideram como um fator determinante na reconquista do território tupiniquim. Além disso, pela primeira vez na história brasileira, é registrada a participação de mulheres em um conflito armado. Há dez anos, os moradores montam e encenam a batalha de tejucupapo. A idealizadora desse projeto é a enfermeira Luzia Maria da Silva, que é ajudada pelo seu filho José Augusto coordenador do projeto. A peça, que possui o elenco quase todo feminino, é apresentada no último domingo de abril. Mais de 300 tejucupapenses trabalham na peça, que é encenada no mesmo local do confronto de 1646, no Monte das Trincheiras. Os festejos atraem mais de oito mil pessoas para o vilarejo.
fonte: http://www.aponte.com.br/omeio/omeio-2catatau-01-03-13.html
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Heróinas de Tejucupapo
Inicialmente habitado por índios Caetés e Potiguares, a fundação do município de Goiana é anterior a 1570. Marcada por um rico passado histórico, a cidade foi a primeira no Estado a declarar extinto o regime de escravidão, antes mesmo da Lei Áurea. Nela também aconteceu a Epopéia das Heroínas de Tejucupapo. Este último acontecimento teve início em 1645, quando invasores holandeses, ameaçados pela Insurreição Pernambucana, liderada por André Vidal de Negreiros, refugiaram-se no Forte Orange, em Itamaracá. Cercados pelas tropas inssurretas, os holandeses se viram impedidos de sair em busca de alimentos. Com a fome e a umidade do local, foram acometidos pelo escorbuto, doença causada pela falta de vitamina C no organismo. A solução era ir até a Vila de Tejucupapo, em Goiana, onde os cajueiros da região, que eram utilizados como remédio para a doença, estavam em fase de frutificação. Comandados pelo Almiranete Lichthant, cerca de 600 holandeses partiram, pelo mar, em direção ao local. Para se defenderem da invasão, os cem homens que habitavam Tejucupapo montaram uma trincheira, levando mulheres e crianças para a luta. Durante o confronto, 23 holandeses foram mortos, despertando a fúria dos inimigos. Percebendo a superioridade holandesa, Maria Camarão, de crucifixo em punho, percorreu a vila convocando as mulheres a pegarem em armas e ajudarem os homens na luta contra as tropas inimigas. No dia 24 de abril de 1646, munidas de paus, pedras, panelas, pimenta e água fervente, as mulheres de Tejucupapo venceram os holandeses que ameaçavam suas terras e famílias. O episódio marcou a história brasileira como uma das poucas batalhas a envolver a participação coletiva de mulheres. Administrativamente, o município é formado pelos distritos sede, Pontas de Pedra e Tejucupapo, além dos povoados de Frecheiras, Melões, Gambá, Ibeapicu, Barra de Catuama, Atapuz, Carne de Vaca, São Lourenço e Carrapicho. Anualmente, no dia 05 de maio Goiana comemora a sua emancipação política. O padroeiro da cidade é São Sebastião.
fonte: http://www.municipios.pe.gov.br/municipio/municipios/Geral/index.asp?municipio=68
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Álbum de fotos da festa do
dia 29 de abril, domingo, 2007.
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