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Especial: Leornardo Dantas
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O Dicionário de Sebastião Galvão |
A bibliografia histórica de Pernambuco é infinitamente rica em obras que, desde o século XVIII, vêm estudando de forma exaustiva fatos e acontecimentos daquilo que Oliveira Lima denominou de simpático caminhar da pátria pernambucana.
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As religiões no Brasil Holandês |
No Governo do Conde de Nassau (1637-1644), quando se viveu no Brasil Holandês certo clima de paz, se praticou uma espécie de tolerância religiosa no Recife, a fim de atender a diversidade de denominações religiosas que aqui conviviam.
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O carnaval da participação coletiva,
animado pela batida do frevo. |
Neste “Panorama de Folião”, quando toda a cidade vive o Carnaval, ruas becos e avenidas estão tomados por imagens de tribos coloridas de caboclinhos, cortejos de nações africanas, singulares La Ursas despertando a curiosidade da criançada, troças e clubes de frevo deixando nos seus rastros a poeira da multidão saltitante, bois tangidos por Mateus e Bastião, espelhos multifacetados do Reisado Imperial, bandos de mascarados povoando de risos coloridos a paisagem que, ao chegar a madrugada, parece ser embalada pela imensa poesia dos blocos cantando.
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As amantes de Nassau |
Ao contrário dos portugueses que traziam suas famílias aferrolhadas nas casas-grandes, escondendo suas mulheres e filhas da vista de estranhos e até mesmo dos parentes, o holandês era mais liberal no trato da vida do lar e de suas relações em sociedade.
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A prostituição no Brasil Holandês |
Da promiscuidade do dia-a-dia, agravada com a chegada de um número cada vez maior de aventureiros, dentre os quais um grande número de prostitutas, a sífilis veio a tornar-se uma verdadeira epidemia no Brasil Holandês, obrigando cientistas, como o médico Willem Piso e Georg Marcgrave, autores do livro clássico Historia Naturalis Brasiliae (1648), buscar a cura para tal doença junto à flora medicinal indígena e aos médicos portugueses, que recomendavam para a infecção por gonorréia o sumo da cana, através do qual, “fica-se curado dentro de oito dias”.
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A promiscuidade do Recife |
Com a crescente busca por riquezas na Terra do Açúcar, emigraram para Pernambuco homens, mulheres e crianças, originários dos mais diferentes portos, aproveitando-se das facilidades oferecidas pela Câmara de Amsterdã para quem desejasse se estabelecer no Brasil.
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A Feira de Caruaru |
Situada às margens do rio Ipojuca, distando 140 km. do Recife, na estrada do Sertão, Caruaru foi, desde os seus primórdios, o centro comercial por excelência, reunindo comerciantes de gado e de gêneros do Bonito, Bezerros, Limoeiro, Vitória, Palmares, Canhotinho, São Bento do Uma, Altinho e do Brejo da Madre de Deus.
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O Recife por dever |
A denominação da atual cidade do Recife resulta do acidente geográfico ao qual Bento Teixeira (c. 1561-1600) chamou “a cinta de pedra, inculta e viva, onde quebra Netuno a fúria esquiva” (Prosopopéa, 1601). Sua designação é registrada pela vez primeira no Diário de Pero Lopes de Souza, que denomina seu porto natural de Barra dos Arrecifes (1532), e no chamado Foral de Olinda (1537), no qual o primeiro donatário, Duarte Coelho Pereira, nomeia-o Arrecife dos Navios.
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Leia mais textos de Leornardo Dantas:Recife e suas histórias |
* Jornalista, editor, historiador, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano e Conselheiro do Conselho de Cultura do Estado de Pernambuco. |
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