:::::::::::::: MEMORIAL PERNAMBUCO :::::::::::::: A História, a Cultura e a Arte de Pernambuco para o Mundo! ::::::::::::::

Divulgação
11/01/2007
Revolução pernambucana e amor proibido
Temas são mote para romance do jornalista recifense Paulo Santos
FLORA NOBERTO
Especial para Folha
 

A história nacional costuma ser embrulhada para consumo na televisão brasileira. Em séries e novelas de época para telinha, conflitos políticos, batalhas ideológicas e até sangrentas costumam ser recheadas por casos de amor romântico. Geralmente, histórias de impedimento amoroso entre casal de famílias e grupos políticos rivais. No seu primeiro livro, “A Noiva da Revolução”, o jornalista recifense Paulo Santos utiliza de forma inteligente o mesmo recurso para contar a história da Revolução Pernambucana de 1817. Curioso sobre o episódio no qual o povo pernambucano se rebelou contra o domínio colonial português, o jornalista fez uma longa pesquisa que resultou num romance histórico, costurado pela paixão proibida entre a filha de um rico português, Maria Teodora da Costa, e o principal líder revolucionário, o patriota Domingos Martins.

 O evento faz parte da comemoração ao 190º aniversário da revolução, em homenagem a Frei Caneca. “A Noiva da Revolução”, além de marcar a estréia de Paulo Santos como escritor, é pioneiro no tratamento da Revolução Pernambucana na forma de romance. “Comecei a estudar a revolução depois de uma conversa com o historiador Denis Bernardes (doutor pela Universidade de São Paulo sobre o tema). Durante a pesquisa, fiquei espantado com a grandeza dos acontecimentos e da nossa ignorância”, explica Santos, que descreveu os fatos na estrutura de um diário escrito por Domingos Martins, concluído pela esposa Maria Teodora, após sua morte.

No livro, Paulo Santos conta em detalhes a revolução do dia 6 de março de 1817, quando o povo do Recife se rebelou contra portugueses, e pela primeira vez, o Brasil foi independente. Depois do episódio, que antecipou a Independência do Brasil em cinco anos, os brasileiros tiveram por dois meses governo próprio, constituição, exército, esquadra e até embaixadas no exterior.