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Juninho, o especialista nas faltas
Dos 60 gols pelo Lyon, o apoiador marcou 25 em cobranças de falta

RIO DE JANEIRO – Juninho Pernambucano tem  um currículo vencedor. O meia, que iniciou a  carreira profissional no Sport, só não foi campeão  um ano: em 1996. São 20 conquistas desde 94,  quando disputou a primeira temporada completa. O primeiro jogo profissional foi em novembro de  1993. O meia entrou no segundo tempo no empate  de 0 a 0 com o Fluminense. Tinha apenas 18 anos.  Era um jovem promissor e logo virou titular. Em  1994, conquistou os títulos do Campeonato  Pernambucano e da Copa Nordeste. Juninho despertou o interesse do Vasco e foi  contratado em 1995. Mas chegou ao Rio como  “contrapeso” do atacante Leonardo. De  coadjuvante logo virou a estrela principal. Foram  cinco anos de muitos títulos, entre eles dois  brasileiros e uma Libertadores. Mas um foi  especial. A Copa Mercosul em 2000. – Ninguém imaginava que o Vasco iria virar aquela  partida. Mas acreditamos – disse Juninho,  lembrando da final contra o Palmeiras, no Parque  Antarctica, em que o Vasco venceu após estar  perdendo por 3 a 0. Juninho conquistou a torcida e passou a ser  chamado de Reizinho da Colina. Mas a valorização  salarial não ocorreu. O meia tinha um dos salários  mais baixos do elenco e resolveu ser o primeiro  jogador brasileiro a entrar na justiça após o fim da  Lei do Passe. Uma briga judicial se prolongou por  quatro meses. Juninho ficou sem jogar. A situação  mudou quando o treinador do Lyon, Bernard  Lacombe, indicou a sua contratação em 2001. Por  meio de uma liminar, Juninho conseguiu se  transferir. Juninho chegou ao Lyon com a humildade  caracteristica pensando apenas se firmar no  futebol europeu. Mas conseguiu muito mais. Já  pode ser considerado um dos melhores jogadores  da história do clube. É pentacampeão francês,  marcou 61 gols em partidas oficiais.  Recentemente, renovou seu contrato até 2008. – Quando fui jogar na França, no Brasil só se  conhecia o Paris Saint-Germain e Olympique de  Marselha. Ninguém nem conhecia outro clube –  lembra Juninho. O meia estava no grupo que ficou marcado pela  eliminação para Honduras na Copa América em  2001 e acabou fora da última Copa. Porém, a boa  fase no Lyon garantiu a volta de Juninho à seleção  brasileira com Carlos Alberto Parreira em 2003.  Fora de campo, Juninho também virou embaixador  da Fifa. RAIO-X Nome: Antônio Augusto Ribeiro Reis Junior Nascimento: 30/01/1975, no Recife-PE Altura: 1,79m Peso: 74 kg Clubes: Sport (1993-1995); Vasco (1995-2001) e  Lyon-FRA (2001-2006). Títulos: Pernambucano (94) e da Copa Nordeste  (94) pelo Sport; Torneio Palma de Mallorca (97);  Brasileiro (97 e 2000); Carioca (98); Libertadores  (98); Rio-São Paulo (99) e Copa Mercosul (2000)  pelo Vasco; Francês (2001/02; 2002/03; 2003/04;  2004/05 e 2005/06); Supercopa da França (2002,  2003, 2004 e 2005) pelo Lyon-FRA; Copa das  Confederações (2005) pela seleção brasileira e  Torneio de Toulon (95) pela seleção sub-20. Estatísticas Sport: 99 jogos / 22 gols Vasco: 291 jogos / 56 gols Lyon: 206 jogos / 61 gols (Apenas jogos oficiais) Seleção brasileira: 37 jogos / 4 gols Estréias Sport: Fluminense 0 x 0 Sport (Brasileiro –  11/11/1993) Vasco: Santos 3 x 5 Vasco (Brasileiro – 1995) Lyon: Lens 2 x 0 Lyon (Campeonato Francês –  28/07/2001) Seleção brasileira: Coréia do Sul 1 x 0 Brasil  (Amistoso – 28/03/1999) RIO DE JANEIRO – A imagem de Juninho  Pernambucano socando o peito em frente à torcida  do Vasco logo após a virada sobre o Palmeiras na  final da Copa Mercosul, em 2000, ainda segue na  memória de muitos cruzmaltinos. Talvez só não  seja mais forte do que o sentimento de saudade. Uma pesquisa feita recentemente pelo  Globoesporte.com mostrou que Juninho é o jogador  que a torcida vascaína mais sonha ver vestir  novamente a camisa do clube. Foram cinco anos e  meio na Colina, sete títulos conquistados. – Foi no Vasco onde cresci como profissional e  como homem. Ganhei títulos, tive ali minhas  primeiras oportunidades na Seleção Brasileira e fiz  grandes amigos, além de contar com o carinho dos  torcedores, aos quais serei eternamente grato –  disse Juninho, em entrevista ao site da Fifa. O sonho de ver o meia novamente com a camisa  do Vasco só poderá ser realizado após 2008,  quando termina o seu atual contrato com o Lyon. – Claro que se eu voltar ao Brasil gostaria de jogar  no Vasco ou no Sport. Eu vou pensar depois do  contrato com o Lyon – disse o craque. Um torcedor carioca criou uma comunidade no  “orkut” em homenagem a Juninho Pernambucano.  Atualmente, são mais de 16 mil integrantes. A  maioria, vascaínos. – É um jogador que tem grande identificação com o  clube e com a torcida – disse Roberto Dinamite. Juninho Pernambucano disputou 291 jogos e  marcou 56 gols pelo Vasco. Foi campeão do  Torneio Palma de Mallorca (1997); do Brasileiro  (1997 e 2000); Carioca (1998); da Libertadores  (1998); do Torneio Rio-São Paulo (1999) e da Copa  Mercosul (2000).  RIO DE JANEIRO – Juninho Pernambucano não  tem a genialidade de Ronaldinho Gaúcho, o talento  de Kaká ou o prestígio de Emerson na Europa. Mas  é um jogador considerado essencial por Parreira  para a seleção brasileira que vai disputar a Copa de  2006. Juninho é visto como um jogador versátil,  importante para o grupo. Atua como primeiro,  segundo ou terceiro homem no meio-campo, o que  dá muitas opções táticas ao treinador.  – Não vou antecipar convocações, mas o Juninho  tem sido convocado permanentemente, e por isso,  a chance de ele ser chamado é muito grande. Tudo  indica que o Lyon vai conquistar o quinto  campeonato francês seguido e o Juninho é um  jogador importante no time – disse Parreira.  Juninho não liga para a reserva. Quer fazer parte  do grupo, ser útil e realizar o sonho de jogar a  primeira Copa do Mundo. Apesar de fazer “parte  dos selecionaveis de Felipão”, o meia não foi  convocado para a Copa de 2002. – É muito difícil chegar na seleção. O Brasil é o país  do futebol, todo ano aparecem grandes jogadores.  Estar na seleção é um prêmio e me dá muito  prazer – disse Juninho. Com 19 títulos no currículo, Juninho é um jogador  que sempre busca se aperfeiçoar. Em outubro de  2005, quando o Brasil enfrentou a Bolívia pelas  eliminatórias na altitude de La Paz, o meia  surpreendeu todos quando pegou algumas bolas e  foi para o campo, momentos antes da partida,  praticar cobranças de falta. Queria se acostumar com os efeitos da altitude,  que faz a bola ficar mais rápida. Resultado: o Brasil  empatou em 1 a 1. Gol de Juninho Pernambucano,  em cobrança de falta… – Ele tem um bom toque, lança, marca, cobra falta.  É um atleta que todo o treinador gosta de ter no  grupo – disse Zico. Mas Juninho Pernambucano não tem admiradores  apenas no futebol. – Ele é o jogador da seleção brasileira que mais  gosto. É aplicado, está sempre querendo melhorar,  crescer, aplimorar a técnica. Não é à toa que foi  quatro vezes campeão na França – disse  Bernardinho, técnico da seleção brasileira  masculina de vôlei. RIO DE JANEIRO – Quando Juninho  Pernambucano desembarcou em Lyon, a segunda  maior cidade da França, o Olympique Lyonnais  tinha apenas três títulos de expressão. O time,  criado em 1950, havia conquistado a Copa da  França em 1964, 1967 e 1973. Assim fica mais simples entender o carinho da  torcida pelo meia brasileiro. Desda a sua chegada,  o time ganhou oito títulos. É o atual pentacampeão  francês e também da Supercopa da França. Além  disso, passou a incomodar na Liga dos Campeões.  Por isso, seu contrato foi renovado até 2008. – Eu me considero um dos responsáveis por essas  conquistas. Não me vejo saindo daqui. Marquei  muitos gols, passei a bater pênaltis. Para mim, é  com orgulho, mas a pressão não deixa de apertar.  Agora a mentalidade é diferente, o Lyon entra para  ganhar – disse Juninho, recentemente, em um chat  da Globo.com. De um clube modesto, o Lyon virou a maior força  no país. A hegemonia é, atualmente, a maior entre  os grandes centros europeus. E o clube fixou o  recorde de cinco títulos consecutivos do  Campeonato Francês, superando a façanha de  quatro conquistas seguidas com o Saint Etienne  (1967-1970) e o Olympique de Marselha  (1989-1992). Eleito a personalidade do ano de 2004 da cidade de  Lyon, Juninho Pernambucano é, atualmente, o  principal ídolo do clube francês. No dia em que  completou 31 anos, em janeiro, o brasileiro recebeu  mais do que um “parabéns” do Lyon. Em seu site  oficial, o clube francês escreveu “obrigado” ao  brasileiro por tudo o que já fez pela equipe. Até o momento, Juninho marcou 61 gols pela  equipe: 47 no Campeonato Francês, 11 em  torneios europeus e mais três na Copa da França.  Nas temporadas de 2002/03 e 2004/05, o meia foi o  artilheiro da equipe no nacional. Ambas as vezes  com 13 gols. Eleito o melhor estrangeiro de 2004 do país pela  revista France Football, Juninho é caseiro e avesso  a badalações. Pai aplicado, orgulha-se com o fato  de a filha Giovana, de 6 anos, falar fluentemente o  francês e a mais nova, Maria Clara, ser nascida em  Lyon. 

fonte: globo esporte on line