Respeitando a lei de imprensa vigente, sancionada em 22 de novembro de 1823, Frei Caneca utilizou o jornal para fazer a crítica política do seu tempo e defender a liberdade constitucional.
O nome Typhis é uma referência a Tiphis o inventor da navegação e ao piloto do Argos, navio construído para a conquista do velocino de ouro (um carneiro da mitologia grega). Frei Caneca buscava, como o navegador, através do seu jornal, a liberdade constitucional. Usou uma linguagem de argonauta (tripulante lendário da nau mitológica Argos) em todos os números do Typhis Pernambucano.
O jornal era publicado semanalmente, às quintas-feiras, em formato de 30 x 21cm e trazia sempre, sob o título, os seguintes versos retirados d´Os Lusíadas, de Luís de Camões:
“Uma nuvem que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.”
É uma importante fonte para os historiadores das idéias políticas de Pernambuco. Todos os números do Typhis Pernambucano podem ser consultados em livros recentes. A Assembléia Legislativa de Pernambuco publicou, em 1972, as Obras políticas e literárias, de Frei Joaquim do Amor Divino Caneca (edição facsimilar), organizadas por Antônio Joaquim de Melo e o Senado Federal editou O Typis Pernambucano, organizado por Vamireh Chacon e Leonardo Leite Neto, em 1984. O jornal encerrou sua publicação com o número 29, no dia 12 de agosto de 1824. O jornalista Frei Caneca suspendeu-o para juntar-se às tropas que combatiam o Morgado do Cabo, já derrotadas e a caminho do Ceará. Seu fundador e redator foi preso e conduzido para o Recife, sendo fuzilado em 13 de janeiro de 1825, no Forte das Cinco Pontas.