Lailson, integrante do Phetus, anos depois do sucesso de Alceu, me contou (há uns dez anos atrás), que deixara a música para ser confundindo como uns dos seguidores de Alceu. Acontece que o som de Alceu, era o som do Ave Sangria, mas este abdicou do projeto inicial para acompanhar o grupo. Quando Alceu participou de um festival da Globo, na época, o grupo que o acompanhou era quem fazia o seu som. Houve uma divergência e Alceu ficou só. Foi o fim do Batalha Cerrada, Ave Sangria, Marco Polo, Lailson etc. Ninguém queria se passar como “seguidores” ou “influenciados” pelo som de Alceu. Não existia o som de Alceu.
Outro esclarecimento de Rafles: no Parto, a música cantada por Licar, “Seu Valdir”, que muitos pensavam ter sido escrita por Marco Polo para o jornalista Valdi Coutinho, e, que, também, a gente pensava ser uma música “gay”, foi um equívoco. Licar cantou “Seu Valdir” que estava justamente proibida por ser considerada uma apologia musical, e foi admoestado pela censura federal, no dia seguinte. Segundo Rafles, a canção foi escrita originalmente para um show com Marília Pêra e deveria ser cantada por uma mulher! Por isso, soava “estranho” Licar cantar :”Seu Waldir o senhor/ Machucou meu coração/ Fazer isto comigo, seu Waldir/ Isto não se faz não… Eu quero ser o seu brinquedo favorito/ Seu apito/ Sua camisa de cetim…” (Don Antonio)