Ocaso do Acaso

Casos, acasos, ocasos…

Nada acontece por acaso, como uma resultante de causa e efeito, efeito e causa. Dizem que adolescentes não pensam, agem. Talvez seja verdade. Um adolescente mergulha no mar sem ver o fundo, o adulto é mais cauteloso: quer ver o fundo.

Fundo a fundo, o mundo afunda na impunidade. O Brasil está assim, eternamente deitado em berço esplêndido como diz o hino, não vai acordar nunca, embora o povo seja maravilhoso, não se podendo dizer o mesmo dos políticos.

Uma praia é um local de diversão e lazer quase gratuito. Onde todos, vestidos apenas de sunga ou biquini (todos os sexos) parecem serem iguais.

Não se detecta ali, acolá, cá ou lá, os instintos selvagens que se escondem atrás das peles queimadas do sol.

Três adolescentes desapareceram numa praia. A polícia demora a apurar o caso, talvez pensando que por serem aborrescentes, estavam em algum motel da vida. E, quando agem, se atropelam nas fogueiras das vaidades.

O caso não é acaso embora sem ocaso. A verdade nem sempre aparece. –