O grupo mistura o autêntico forró pé-de-serra com arranjos de metal
Mariza Pontes
Da equipe do DIÁRIO
O sufoco do primeiro disco, uma gravação independente que vendeu sete mil cópias em Pernambuco, mas exigiu um trabalho de formiguinha, já é coisa do passado. A banda pernambucana de forró Quenga de Coco assinou contrato com a gravadora Paradoxx, que vai trabalhar a distribuição do segundo CD do grupo, A Pisada é Essa, para todo o Nordeste, e acionar um esquema de lançamentos em shows. Eufóricos, os sete integrantes da banda já sonham com a conquista do mercado nacional, num futuro próximo.
O CD foi gravado em dezembro pela Somax, no Recife, e seria mais uma produção independente do Quenga de Coco, mas a sorte ajudou: um amigo ligado ao escritório da gravadora no Recife ouviu a fita, gostou, levou para avaliação e o resultado não podia ser melhor: os rapazes e o empresário Léo Pontual foram chamados para assinar contrato, de três anos, que prevê a prensagem do disco em São Paulo, a distribuição para todo o Nordeste, a divulgação na mídia (o primeiro show de lançamento já está previsto para o próximo mês, ainda sem data e local agendados). Além disso, a Paradoxx se comprometeu a bancar mais dois CDs da banda.
A produção é de Paulo Barros, professor do Conservatório Pernambucano de Música, que tem produzido também todos os shows da banda. Os arranjos são do Mestre Camarão, que sabe tudo de forró segundo Diego Reis, vocalista, sanfoneiro e principal compositor do grupo, que fez dez das 14 músicas do CD. Mestre Camarão tem dado apoio à rapaziada e uns toques que ajudam a unir o conhecimento teórico musical com o verdadeiro molho do forró, principal característica da banda Quenga de Coco.
Uma das novidades no estilo da banda, que se tornou mais dançante, é a inclusão de metais, com arranjos do maestro Edson Rodrigues. Uma das músicas, Fogo Porreta, já vem sendo trabalhada pelo grupo, que aposta no sucesso regional. As 14 faixas trazem músicas de Diego Reis e parcerias dele com Carlinhos Neves, Everaldo Barreto e Alexandre Góes, além de músicas de Dominguinhos/Abel Silva, instrumentais do Mestre Camarão, Maciel Melo e Petrúcio Amorim.